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'Excrescência': Lula condena taxa básica de juros a 13,75%

Presidente afirma que modificações na estrutura da Esplanada são 'absolutamente normais'

Imagem: Divulgação / FIESP
Imagem: Divulgação / FIESP

Marina Roveda Publicado em 26/05/2023, às 08h07


Durante sua participação em um evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), realizado na capital paulista nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas à taxa básica de juros da economia, a Selic, que atualmente se encontra em 13,75% ao ano. Em seu discurso, o presidente classificou a taxa como uma "excrescência" nos dias de hoje.

Lula expressou sua frustração em relação à interferência do mercado financeiro na economia e a dificuldade que um presidente da República enfrenta ao criticar o Banco Central. Segundo ele, a predominância do setor financeiro em detrimento da indústria tem sido prejudicial ao país. O presidente ressaltou que a taxa de juros em patamares elevados é um obstáculo para o desenvolvimento econômico, afetando principalmente o setor produtivo.

Além das críticas à taxa de juros, Lula também abordou as mudanças promovidas pela Câmara dos Deputados na medida provisória que reorganizou a estrutura da Esplanada dos Ministérios. O presidente afirmou que as alterações discutidas no Congresso Nacional são "a coisa mais normal" e destacou que, apesar das críticas à classe política, é por meio da política que se encontram as soluções para os problemas do país.

Durante seu discurso, Lula enfatizou a importância de não generalizar as críticas à classe política e ressaltou que a sociedade precisa confiar nas instituições democráticas para superar desafios e alcançar avanços. Ele destacou que, apesar das imperfeições, é por meio do diálogo e da política que é possível encontrar soluções tanto para os grandes quanto para os pequenos problemas enfrentados pelo Brasil.

O evento na Fiesp contou com a presença de representantes da indústria, líderes empresariais e membros do governo. O presidente Lula encerrou sua participação reafirmando seu compromisso em buscar alternativas para impulsionar o desenvolvimento econômico e garantir um ambiente favorável ao crescimento industrial.

A taxa de juros e as mudanças na estrutura da Esplanadados Ministérios seguem como temas de debate no cenário político e econômico, despertando diferentes perspectivas e opiniões sobre suas implicações para o país.

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