O advogado Anderson Schereiber foi indicado como pivô de um esquema que pode causar esse rombo
Vitória Tedeschi Publicado em 19/06/2023, às 17h16
Conhecido como o maior caso de corrupção da história do Brasil, a 'Lava Jato' provocou um rombo de cerca de R$ 6,2 bilhões na Petrobras, em 2010, durante o segundo mandato do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vai ganhar outro capítulo.
De acordo com o que foi divulgado pela ISTOÉ, a empresa está prestes a sofrer mais um golpe, que pode gerar um prejuízo bilionário de cerca de R$ 1 bilhão.
Isso porque, alguns acionistas minoritários - investidores com menos de 50% das ações - da petrolífera, que começaram a investir nela durante o escândalo investigado pela Polícia Federal (PF) e Justiça Federal do Paraná, sentiram que foram prejudicados pela queda do valor da empresa pública. São 26 acionistas estrangeiros contra a estatal, sendo uma das empresas que encabeça a lista de minoritários, a 'California Public Employees Retirment System'.
No entanto, o maior problema é que esta indenização está prestes a ser feita por meio de um tribunal arbitral - que acontece por fora do controle dos órgãos públicos - e conta com o advogado Anderson Schereiber como presidente.
Vale citar que, ainda segundo a ISTOÉ, Anderson é suspeito de estar conduzindo o tribunal de arbitragem com poderes de substituir uma sentença judicial de maneira irregular e pode impor novos danos gigantescos à maior estatal brasileira. É ele quem vai decidir que os investidores estrangeiros poderão ser ressarcidos em quase R$ 1 bilhão.
Tudo começou quando, em outubro de 2017, centenas de pequenos acionistas da Petrobras, ligados à Associação dos Investidores Minoritários (Aidmin) e que hoje mudou a sigla para Abradin, ingressou no Foro Central de São Paulo com uma Ação Civil Pública (ACP) contra a estatal pedindo ressarcimento de danos causados aos acionistas por causa dos prejuízos que a petrolífera alcançou na BM&F Bovespa, após a Lava Jato.
A queda nas ações acabou com os cofres da empresa, fazendo com que seu valor caísse a níveis absurdos (estima-se que a empresa valia R$ 600 bilhões e passou a valer R$ 100 bilhões) - é importante citar que essa queda não só prejudicou os investidores, como também a sociedade brasileira como um todo.
Agora, a Petrobras mergulha em um turbilhão jurídico, onde a Justiça, arquivou a ação e considerou que o meio adequado para a reparação dos prejuízos seria a constituição de um tribunal de arbitragem. Essa modelação jurídica tem poderes de ação judicial, mas corre de forma sigilosa, se dispõe a ouvir todas as partes envolvidas no processo e ao final, decide a causa.
Até aí, tudo dentro das normas do mundo jurídico, mas as as irregularidades surgem quando a associação, agora conhecida por Abradin, ter como presidente Rafael Rodrigues Alves da Rocha, que tem como advogado Anderson Schreiber, que, como citado acima, é o presidente do tribunal arbitral dos minoritários estrangeiros contra a Petrobras.
Desse modo, Anderson tem sido considerado pivô no novo esquema que pode acabar - mais uma vez - com os cofres da estatal em bilhões de reais, já que tem um conflito de interesses por representar juridicamente um dos lados dessa disputa.
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