Diário de São Paulo
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CPMI 8 de janeiro

Em meio a discrepâncias, hacker será convocado para prestar novo depoimento à Polícia Federal

Novo depoimento de Delgatti Neto à PF visa esclarecer contradições após depoimento na CPMI

Walter Delgatti Neto - Imagem: Reprodução | AGÊNCIA SENADO
Walter Delgatti Neto - Imagem: Reprodução | AGÊNCIA SENADO

Marina Roveda Publicado em 18/08/2023, às 08h18


O hacker Walter Delgatti Neto foi chamado pela Polícia Federal (PF) para prestar um segundo depoimento nesta sexta-feira (18). Essa convocação aconteceu após o depoimento anterior de Delgatti na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro apresentar contradições. Além disso, novas informações surgiram durante a investigação, justificando a necessidade de um novo depoimento.

Durante sua participação na CPMI, Delgatti afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria oferecido um indulto presidencial em troca de uma simulação de invasão das urnas eletrônicas, caso ele fosse preso. Segundo o hacker, Bolsonaro teria alegado que essa ação exporia vulnerabilidades no sistema eleitoral do Brasil e asseguraria a transparência das eleições. Ele também mencionou um suposto plano discutido pelo marqueteiro da campanha de Bolsonaro, Duda Lima, durante uma reunião que incluiu a deputada federal Carla Zambelli e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Delgatti afirmou que Valdemar Costa Neto teria sugerido a criação de um código fonte falso para as urnas, com o objetivo de demonstrar que um voto em um candidato poderia ser redirecionado para outro. Além disso, Delgatti reiterou que Bolsonaro teria solicitado que ele interceptasse o telefone do ministro Alexandre de Moraes e reafirmou sua declaração de que recebeu cerca de R$ 40 mil de Carla Zambelli para invadir o sistema do Poder Judiciário e inserir um mandado de prisão falso contra o magistrado. Diante das possíveis contradições e das novas informações, a PF decidiu convocar Delgatti novamente para esclarecer esses pontos.

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