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Defesa de Moro alega esclarecer 98% dos gastos em resposta ao TRE

Senador foi convocado a depor no TRE-PR por acusações de abuso de poder econômico e caixa dois

Sergio Moro. - Imagem: Reprodução |  Pedro França/Agência Senado
Sergio Moro. - Imagem: Reprodução | Pedro França/Agência Senado

Marina Roveda Publicado em 08/12/2023, às 05h47


O senador Sergio Moro, filiado à União Brasil, foi convocado para depor nesta quinta-feira (7) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) em Curitiba. A convocação é resultado de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) que acusam Moro de abuso de poder econômico, caixa dois e uso indevido de meios de comunicação social durante a pré-campanha eleitoral de 2022.

A acusação alega gastos irregulares de R$ 6 milhões na campanha de Moro, mas a defesa do senador afirma conseguir comprovar 98% desse montante. Entre os gastos questionados estão a compra de um telefone celular pelo presidente do Podemos do Paraná, aquisição de um carro blindado, viagens para eventos políticos no Nordeste e pagamento de uma empresa que forneceu coffee break em um evento partidário.

A situação de Sergio Moro é considerada delicada, e caso seja cassado no TRE, ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As ações foram apresentadas por duas frentes políticas antagônicas: o Partido Liberal (PL), de base bolsonarista, e a Federação Brasil da Esperança - FÉ BRASIL (PT/PCdoB/PV), que apoiou o governo Lula nas eleições de 2022.

Se Moro for cassado, diversos nomes conhecidos da política, como Michelle Bolsonaro (PL), Gleisi Hoffmann (PT), Roberto Requião (PT), e Ricardo Barros (Progressistas), já são citados como possíveis concorrentes à sua vaga.

O depoimento de Moro acontece em um cenário político complexo, e a decisão do TRE pode influenciar a trajetória do ex-ministro da Justiça no Senado. Caso haja cassação, a batalha judicial pode se estender ao TSE, onde novos desdobramentos podem ocorrer. Em maio deste ano, o ex-procurador Deltan Dallagnol, também associado à Lava Jato, teve seu mandato de deputado federal cassado pelo TSE.

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