A filha revelou em um post que foi vítima de violência sexual pelo pai na infância, a partir dos 6 anos de idade
Redação Publicado em 08/07/2022, às 00h00 - Atualizado às 16h33
A Polícia Civil indiciou José Renato da Silva, vice-presidente estadual do PL em São Paulo e ex-vereador de Suzano, depois que ele foi acusado pela filha de ter abusado sexualmente dela e das netas. O caso corre em segredo de Justiça.
Em um post compartilhado no Instagram na última quarta-feira (6), Cintia Renata Lira da Silva, que atua como secretária municipal de administração de Suzano, revelou que foi vítima de violência sexual pelo pai na infância.
De acordo com a vítima, o abuso começou a partir dos 6 anos de idade. Devido ao trauma e o medo de represálias, ela manteve o segredo durante anos.
No entanto, Cintia decidiu denunciar o pai depois que descobriu que suas duas filhas também foram abusadas por ele. As meninas sofreram a mesma situação da mãe por um período de 9 anos, desde que tinham 6 e 7 anos de idade.
Em entrevista à TV Diário, afiliada da TV Globo, Denis Souza do Nascimento, o advogado do vice-presidente estadual do PL, disse: “Existe uma investigação, portanto não existe culpa formada, o inquérito está sob segredo de justiça para preservar todos, portanto, no momento, não podemos passar maiores detalhes sobre o conteúdo do inquérito”.
A polícia informou que uma das vítimas foi ouvida e o inquérito foi instaurado no dia 8 de abril de 2022. Dias depois, o inquérito foi aberto, além de um processo por estupro de vulnerável, segundo o site do Tribunal de Justiça de São Paulo.
José Renato é um político de influência em cidades da região metropolitana de São Paulo, como Mogi das Cruzes e Suzano. Ele é próximo de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e participou do processo de formação do Aliança pelo Brasil, partido que seria lançado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ex-vereador de Suzano pediu afastamento de suas funções no PL, de acordo com um documento da Justiça Eleitoral. José Renato deixou de ser vice-presidente do partido no dia 6 de abril de 2022.
Na publicação nas redes sociais, Cíntia Renata Lira da Silva relata que tem crises e dificuldades de lidar com os traumas do abuso e sofre por saber que a violência se repetiu com suas filhas.
No entanto, ela afirmou que a união com as filhas cultiva entre as três a força necessária para enfrentar uma situação insustentável.
“Desde então muita coisa se passou. Ele já foi indiciado e o processo corre em segredo de Justiça, mas eu não posso me calar mais. Se tornou uma situação inevitável e irreversível”, conta.
Por outro lado, Cíntia também criticou a posição de algumas pessoas que tentaram minimizar a gravidade do crime, apenas para preservar a imagem de José Renato. Ela afirma que essas pessoas demonstraram indiferença às violências contra crianças e os danos que aqueles episódios trouxeram à vida delas.
“Eu, uma criança de 6 anos apenas, e minhas filhas tinham 6 e 7 aninhos quando começaram os abusos feitos pela mesma pessoa, o avô. Elas continuaram sendo abusadas pelos 9 anos seguintes. Crianças sendo acariciadas por quem deveria protegê-las. Sendo obrigadas a acariciá-lo também. Não tinha como sermos adultas e saudáveis tendo que conviver com isso e ainda nos calar”.
Veja a postagem de Cintia:
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