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Feminicídio

Menina de apenas 14 anos, que estava grávida, é morta por quem mais confiava; motivo assusta

O crime aconteceu no início do mês de fevereiro deste ano

A delegada Caritiana Cuellar também revelou que, durante o relato aos agentes, o agressor não demonstrou nenhum arrependimento de ter cometido o assassinato de Beatriz - Imagem: reprodução/G1
A delegada Caritiana Cuellar também revelou que, durante o relato aos agentes, o agressor não demonstrou nenhum arrependimento de ter cometido o assassinato de Beatriz - Imagem: reprodução/G1

Thais Bueno Publicado em 27/02/2023, às 19h17


Na madrugada do dia 6 de fevereiro deste ano, uma segunda-feira, uma menina, de apenas 14 anos de idade, foi brutalmente morta com um corte em seu pescoço. O caso ocorreu no distrito Colina Verde, município localizado em Governador Jorge Teixeira, no estado de Rondônia (RO).

De acordo com informações da polícia, apuradas pelo G1, o laudo realizado pelos profissionais do Instituto Médico Legal (IML) revelou apontou que a adolescente, identificada como Beatriz Ferreira, estava grávida quando foi assassinada e quase degolada.

O principal suspeito de ter cometido o feminicídio é o namorado da jovem, de 22 anos de idade. Segundo o veículo mencionado acima, ele não aceitava o fim do relacionamento dos dois e matou a garota por este motivo.

Durante a investigação do caso, a Polícia Civil conseguiu provas de que nenhum dos dois sabiam que a vítima estava grávida.

Caritiana Cuellar, delegada responsável pelo caso, deu mais detalhes ao G1. "Nós não trabalhamos com a linha de investigação de que esse feminicídio tenha sido praticado por ela estar grávida ou com o intuito de ocultar a gravidez. Pelo que restou apurado através das testemunhas e também do conteúdo dos celulares da vítima e do suspeito, é que ambos desconheciam esse fato".

As investigações sobre o caso Beatriz foram finalizadas durante a semana passada. Os agentes foram capazes de descobrir que o crime foi, de fato, premeditado.

Mesmo depois do término da relação entre os dois, o suspeito seguia procurando a vítima: até que, no dia do assassinato, ele a convidou "para uma conversa como amigos". Em depoimento aos policiais, o criminoso admitiu que ele não aceitava o fim do relacionamento e tinha ciúmes da garota.

"Ele assassinou ela. Depois ainda gravou o ato e encaminhou vídeos da adolescente morta, quase decapitada, para alguns familiares. Quando ele foi questionado pela investigadora sobre o motivo de ter gravado a menina morta, ele disse que é porque queria que a polícia acreditasse que ele realmente era o autor", explicou a profissional da polícia.

No início das investigações, a polícia trabalhava com a possibilidade da arma do crime ser um canivete. No entanto, após encontrarem evidências mais aprofundadas do caso, perceberam que a arma utilizada foi uma faca.

A delegada Caritiana Cuellar também revelou que, durante o relato aos agentes, o agressor não demonstrou nenhum arrependimento de ter cometido o assassinato de Beatriz. Ele, inclusive, se mostrou "uma pessoa extremamente fria". Foi justamente ele quem chamou a polícia após o crime. Desde então, ele está preso.

"É um crime brutal. Um feminicídio brutal praticado por ciúmes. Ele ficou com ciúmes por causa da roupa que ela estava usando, um short, que na opinião dele, era curto. Porque ela foi em um lugar e não avisou pra ele que tinha ido e isso motivou uma briga. Ela colocou fim no relacionamento e ele, insatisfeito, decidiu matá-la", comentou a delegada.

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