Em relato de partir o coração ela ainda contou que ele era pai de gêmeos
Vitória Tedeschi Publicado em 03/03/2023, às 10h38
Cléia Louza Rebouças, mãe de Carlos Eduardo Rebouças Barros, adolescente de 17 anos que foi morto à queima-roupa por um Policial Militar, em Pedro Canário (ES), na última quarta-feira (01), afirmou que os mesmos militares envolvidos na ocorrência perseguiam o jovem e já teriam o ameaçado de morte.
O relato foi feio para a repórter Rosi Bredofw, da TV Gazeta Norte, onde ela enfatizou que os PMs já haviam dito para ela que iriam matar o jovem.
Cléia ainda contou que sabia que o filho tinha envolvimento com o tráfico e também fazia uso de drogas, tendo começado por volta dos 14 anos. Segundo ela, a família ficou revoltada com a forma como a PM agiu, já que Carlos Eduardo estava rendido durante a abordagem policial e não teve oportunidade de se defender.
Eu sinto revolta, muita revolta. Meu filho já estava algemado. Eu não tive coragem de ver o vídeo. Eu quero justiça. Tenho muita dor, que eu não consigo explicar. Eu chamava meus filhos de meus "homenzinhos" quando eles eram bebês. Agora só tenho um. Eu dizia: 'Meus homenzinhos, vocês vão crescer para ajudar a mamãe', só que agora é diferente. Foi muita covardia dos policiais, eu não aceito isso e nunca vou aceitar", disse ela, contanto que Carlos tinha um irmão gêmeo.
A mãe ainda conta que após a notícia de que seria pai o menino estava tentando mudar de vida. Ele pretendia, inclusive, mudar de cidade para poder recomeçar e cuidar dos filhos.
Ele pediu, 'me dá só um dinheiro mãe, pra poder ajudar o meu irmão pra pagar o aluguel lá, pra nós dois ficar juntos, quero cuidar dos meus filhos'. Ele queira ir pra Vitória pra recomeçar, não só ela tá grávida de gêmeos como a ex dele tá gravida de cinco meses. Ele não era ruim, meu filho", explicou Cléia.
Os dois cabos e um soldado envolvidos na morte de Carlos Eduardo Rebouças Barros, o adolescente de 17 anos que mesmo rendido foi morto com tiros à queima-roupa, disseram que estavam perseguindo suspeitos de tráfico de drogas no bairro São Geraldo, em Pedro Canário (ES), após denúncia anônima.
Além disso, de acordo com a Folha Vitória, que teve acesso ao boletim de ocorrência, os policias afirmaram que o suspeito foi morto após tentar sacar uma arma durante a abordagem. Contudo, as imagens que circulam nas redes sociais podem divergir dessa versão.
Ainda de acordo com o documento, ao cercarem a casa, um dos cabos afirma que foi pedido para que Carlos largasse a arma, mas ele teria disparado quatro vezes em direção ao militar, que respondeu atirando seis vezes.
O boletim diz que o policial não soube precisar se os disparos atingiram o rapaz pois ele continuou em fuga, pulando muros de casas da vizinhança. A perseguição teria continuado até que o jovem atirou novamente duas vezes na direção do militar que revidou com mais quatro disparos.
Além disso, o agente disse ainda que, nesse momento, viu o rapaz cair com a arma na mão. Foi pedido novamente para que ele largasse a pistola, no que foi atendido. Um soldado que acompanhava a operação, aproximou-se do suspeito e conseguiu pegar a pistola, que estava com oito munições no carregador e uma na câmara da arma.
O depoimento gerou repercussão, isso porque nas imagens é possível ver Carlos Eduardo Rebouças Barros, sentado, encostado em um muro, e o momento em que ele levanta, vai até um dos três militares que participam da ação, que parece mandar ele voltar.
Até que a vítima dá três passos para trás e nesse momento, mesmo com o suspeito rendido, o PM atira à queima-roupa, ao menos duas vezes, sem possibilidade de defesa.
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