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Crime

Familiar de vítimas da chacina de Sorriso faz desabafo forte e comovente; assista

O crime brutal aconteceu na madrugada do dia 25 de novembro

Familiar de vítimas da chacina de Sorriso faz desabafo forte e comovente; assista - Imagem: reprodução Beto Ribeiro Canal Oficial
Familiar de vítimas da chacina de Sorriso faz desabafo forte e comovente; assista - Imagem: reprodução Beto Ribeiro Canal Oficial

Manoela Cardozo Publicado em 08/12/2023, às 09h09 - Atualizado às 09h56


Cleci Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, e duas meninas de 10 e 12 anos foram vítimas de um ataque violento em sua própria casa.

O crime aconteceu na madrugada do dia 25 de novembro, no Bairro Florais da Mata, em Sorriso, no Mato Grosso. O autor do crime, um pedreiro foragido da polícia que trabalhava em uma obra nas proximidades, invadiu a residência, cometeu estupros e assassinou as quatro vítimas.

No último sábado (02), em entrevista concedida ao Canal Crime e Mistério S/A, apresentado por Beto Ribeiro, Tauany Micheli Dill, sobrinha de Cleci, esclareceu que, até o momento, a família não teve coragem de voltar a entrar na casa onde ocorreu o crime.

“Ninguém pode voltar lá, da nossa família, a gente combinou de ninguém ir lá”, explicou.

Durante a entrevista, Tauany, visivelmente emocionada em várias ocasiões, compartilhou suas lembranças sobre a tia e as primas.

"Ela era uma mãe maravilhosa, inteligente, lutou a vida toda para dar tudo de melhor para as filhas. Elas eram lindas, inteligentes e amadas por todos nós. Por todos que a conheciam. Pois elas estavam sempre sorrindo, brincando, dançando, ajudando todos. Perdê-las foi e continuará sendo o pior momento de nossas vidas. Mas não daremos palco para aquele maldito que fez isso. Não nos lembraremos delas com dor, mas sim com amor, porque é isso que elas eram nas nossas vidas", disse.

Ainda, Tauany fez um apelo comovente ao solicitar a criação de um banco de dados que registre a identidade de agressores sexuais, tornando-o acessível à população como uma medida de proteção mais efetiva.

“Eu queria fazer um pedido sobre a nossa sociedade: fazer um banco de dados nacional para estupradores, porque se esse homem estivesse fichado em um banco nacional ou tivesse um site para a gente pesquisar. A minha família morreu porque a nossa justiça não prendeu ele, quando tinha que prender”, pediu.

Além disso, ela revelou que o pai das três meninas falecidas não visitou o local, encontrando suporte emocional na família da esposa que também foi vítima do ataque

Assista o relato completo abaixo:

O crime

No dia dos assassinatos, vizinhos perceberam que a família estava sumida e acionaram a polícia, com posteriormente os profissionais avistando as quatro sem vida no lugar.

Nos corpos das vítimas, haviam marcas de ferimentos por possível arma branca, além de cortes profundos no pescoço. O autor estava em um período trabalhando em uma obra ao lado da casa das mulheres e confessou o crime.

O pedreiro responsável pelo crime, Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, foi preso em flagrante e teve sua prisão convertida para preventiva, permanecendo sob custódia até o julgamento. A Polícia Civil concluiu o inquérito, indiciando o suspeito quatro vezes por feminicídio e outras três por estupro, incluindo duas mulheres adultas e uma menor de idade.

A prisão de Gilberto ocorreu após a descoberta de que ele estava sendo procurado por pelo menos mais dois crimes: o assassinato de um jornalista em Goiás e um incidente semelhante ao ocorrido em Sorriso, onde invadiu uma residência, agrediu sexualmente uma mulher e tentou assassiná-la com uma faca, sendo impedido por ela.

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