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Investigação

Ex-namorado suspeito de atear fogo e matar jovem carbonizada em casa é preso em SP

Vizinhos disseram que viram um homem encapuzado correndo com um galão de gasolina

Ex-namorado suspeito de atear fogo e matar jovem carbonizada em casa é preso em SP - Imagem: reprodução
Ex-namorado suspeito de atear fogo e matar jovem carbonizada em casa é preso em SP - Imagem: reprodução

Nathalia Jesus Publicado em 15/07/2023, às 21h46


Allan Neves, de 21 anos, principal suspeito de causar o incêndio na casa da ex-namorada, Débora Almeida Monteiro, de 22, e, consequentemente, a morte da jovem, foi preso na última sexta-feira (14) por policiais do 90° Distrito Policial, Parque Novo Mundo, na zona norte de São Paulo.

Débora morreu após a casa dela, localizada em uma comunidade da zona norte da capital, pegar fogo. De acordo com a mãe dela, Laura Cândida de Almeida, a jovem morava sozinha na comunidade havia menos de um mês e tinha uma medida protetiva contra o ex-namorado, que já havia a ameaçado de morte duas vezes.

“Me relataram aqui que na parte da manhã ele chegou todo agressivo e saiu, e voltou com toca ninja e galão de gasolina. Esse assassino tem que pagar o que fez. Sei nem explicar, a dor é gigantesca. A dor é gigantesca, você nem imagina”, afirmou a mãe da jovem.

Ainda conforme Laura, Débora registrou um boletim de ocorrência contra o ex-namorado em maio deste ano e contou que era perseguida por ele. A partir daquele relato, ela conseguiu uma medida protetiva que proibia que Allan se aproximasse dela.

Um inquérito policial foi aberto e, no mês passado, a jovem foi ouvida e disse que tinha sido pressionada a fazer o boletim porque a família não gostava de Allan. Ele também foi ouvido, mas ainda faltava o depoimento da família, de acordo com informações do g1.

Em áudios enviados por Allan para parentes, ele afirma que se se encontrasse Débora iria agredi-la: "Se encontrar do meu lado na banca que eu tiver eu vou dar logo um cacetão mesmo. Poucas ideias".

Após ouvir uma explosão na casa da vítima, um vizinho, que pediu para não ser identificado, disse que correu para tentar socorrer Débora.

"Peguei e meti o pé na porta, só que não dava pra ver nada devido à fumaça. Depois de uns 5, 6 minutos, mais ou menos, que a gente começou a jogar água para apagar o fogo, foi que a gente verificou que tinha um corpo".
Após o crime, vizinhos que estavam no local testemunharam que viram um homem encapuzado correndo com um galão na mão.
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