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Rio de Janeiro

Ex-governador passa mal na cadeia ao receber notícia preocupante sobre filho

Sérgio Cabral foi atendido em uma unidade do Batalhão Especial Prisional

Ex-governador passa mal na cadeia ao receber notícia preocupante sobre filho - Imagem: reprodução Istoe
Ex-governador passa mal na cadeia ao receber notícia preocupante sobre filho - Imagem: reprodução Istoe

Vitória Tedeschi Publicado em 23/11/2022, às 14h12


Nesta quarta-feira (23), o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, passou mal e desmaiou na cadeia ao saber que o filho José Eduardo Neves Cabral é um dos procurados da Operação Smoke Free, realizada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), contra "uma organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros".

O ex-governador está preso no Batalhão Especial Prisional (BEP) e estava sendo atendido, por volta das 11h, na enfermaria da unidade de saúde da cadeia, segundo o filho Marco Antônio Cabral e fontes da Polícia Militar.

De acordo com nota da Polícia Militar, responsável pelo Batalhão Especial, ele "recebeu atendimento médico dentro da unidade prisional e seu estado de saúde é estável".

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José Eduardo Cabral filho do ex-governador Sérgio Cabral / Imagem: reprodução redes sociais

Entre os alvos também estão PMs, bombeiros, um policial federal e Adilson Coutinho Oliveira Filho, o Adilsinho, procurado desde a Operação Fumus, que em meio à pandemia de coronavírus, fez uma festa de luxo no Copacabana Palace para 500 pessoas e shows com cantores famosos.

Segundo a PF, a investigação começou em 2020 e identificou um grupo criminoso que falsificava a emissão de notas fiscais, além de transportar e vender cigarros oriundos de facções e milícias. A quadrilha é responsável por um prejuízo à União estimado em cerca de R$ 2 bilhões.

Além disso, entre 2019 e 2022, os grupos fazia lavagem do dinheiro obtido ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular.

A PF diz que a quadrilha ainda tinha uma célula paralela de segurança, coordenada por policial federal, policias militares e bombeiros.

A investigação segue em andamento, e, até a última atualização desta reportagem, 13 pessoas haviam sido presas na operação. José Eduardo ainda não havia sido encontrado.

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