A vítima é cercada por ao menos 10 pessoas antes do ataque
Nathalia Jesus Publicado em 14/12/2022, às 11h05
Na noite da última segunda-feira (12), um comerciante foi cercado, arrancado de dentro de seu carro e espancado por usuários da Cracolândia na altura do Elevado João Goulart (Minhocão), por volta das 19h.
Imagens do circuito de segurança do local mostram o momento em que o carro do homem de 46 anos (de acamisa vermelha) é cercado por ao menos dez pessoas e ele é arrastado de dentro do veículo e acertado por socos, chutes e pisões.
Enquanto a vítima era espancada, um casal invadia o carro para verificar se haviam pertences que poderiam ser levados.
Guardas civis metropolitanos e um policial militar chegaram ao local logo depois do ataque e no momento em que o carro do comerciante começa a ser revirado, mas nenhuma prisão em flagrante foi efetuada.
De acordo com a vítima, ele estava dirigindo na Avenida São João quando o seu veículo foi cercado por pessoas que começaram a bater nos vidros e na lataria do carro. Após ser atacado, o comerciante disse que a orientação dos agentes presentes no local foi que ele fizesse um boletim de ocorrência online.
Na última terça-feira (13), policiais da 1° Delegacia Seccional Centro realizaram uma operação na Rua dos Gusmões, na República, para identificar os agressores vistos no vídeo.
Em entrevista ao Estadão, o delegado Roberto Monteiro afirmou que alguns dos usuários que participaram da ação criminosa já migraram do local e foram identificados pela polícia. A investigação aponta ao menos 17 suspeitos.
"O fato foi presenciado por um policial militar que não os prendeu em flagrante, que seria o caso. Agora, cabe à Polícia Civil identificá-los e prendê-los", relatou Monteiro.
A Prefeitura de São Paulo informou em nota que os agentes da GCM apenas "prestaram apoio" à vítima da ocorrência e que outros detalhes são de responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública.
O local onde foi realizado o ataque corresponde a um endereço comum de migração dos usuários da Cracolândia, na Avenida São João. Anteriormente instalados na Rua Helvética, no bairro do Campos Elíseos, os usuários têm migrado para as proximidades do elevado.
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