PM e GCM são acionadas após confusão em UPA na Zona Norte por falta de atendimento; 330 procuraram unidade com gripe

Pacientes e moradores da periferia de São Paulo relatam superlotação e problemas em unidades de pronto-atendimento (UPAs) nesta segunda-feira (27) após o feriado prolongado de Natal. Em duas unidades, em Perus, na Zona Norte, e em Ermelino Matarazzo, na Zona Leste, segundo pacientes, houve confusão e brigas por atendimento.

Em nota, a Prefeitura informou que há aumento da demanda de pessoas que buscam atendimento com sintomas gripas e que está contratando profissionais e instalando tendas em unidades com maior procura para agilizar a triagem dos usuários dos serviços.

Especialistas alertam que é fundamental saber quais deles são casos de Covid-19 e quais são os de Influenza, incluindo a nova variante H3N2, ou gripe normal, e que isso depende de testagem.

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Em meio à superlotação dos postos de saúde, a Secretaria Municipal da Saúde anunciou a ampliação da campanha de vacinação da gripe para todas as pessoas que não tomaram o imunizante em 2021 . O anúncio também ocorre em meio à baixa procura pelo imunizante nos postos: nesta segunda, foram aplicadas apenas 7,6 mil doses da vacina contra Influenza na capital paulista.

Briga em Perus

A Polícia Militar confirmou que foi acionada para uma confusão na UPA de Perus, na Zona Norte, no início da tarde desta segunda-feira, após uma briga por falta de atendimento. O caso ocorreu por volta das 13h53 na rua Estevan Ribeiro Resende e foi confirmado pela secretaria de Segurança Urbana após o acionamento, também, da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Segundo a GCM, a confusão foi provocada por “reclamação feita por usuários da unidade que aguardavam atendimento”.

“Houve acúmulo de aproximadamente 300 pessoas. A equipe da GCM dialogou com os pacientes e responsáveis da unidade médica e a situação foi resolvida sem briga, nem encaminhamento ao Distrito Policial”, informou a Prefeitura.

A Secretaria Municipal da Saúde diz que contratou 280 novos profissionais para auxiliar no atendimento às unidades devido ao aumento da procura com pacientes com quadro respiratório e que lamenta o ocorrido na UPA de Perus.

“Somente nesta segunda-feira a UPA Perus realizou 648 atendimentos até por volta das 18h30, sendo 330 para síndrome respiratória. Em todo mês, até o momento, foram realizados 16.701 atendimentos, sendo 4.988 para quadro respiratório”, afirmou a Prefeitura.

O vírus influenza é uma doença infecciosa febril aguda com maior risco de complicações em alguns grupos vulneráveis. A doença pode evoluir para formas mais graves, como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e até óbito.

Na capital paulista, parte dos leitos do Hospital Municipal da Brasilândia foi destinado para o acolhimento e tratamento dos casos de Srags.