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CASO EVANDRO: justiça toma decisão drástica em relação aos condenados

O assassinato de Evandro Ramos Caetano chocou o país em 1992

CASO EVANDRO: justiça toma decisão drástica em relação aos condenados - Imagem: reprodução Twitter
CASO EVANDRO: justiça toma decisão drástica em relação aos condenados - Imagem: reprodução Twitter

Manoela Cardozo Publicado em 10/11/2023, às 13h04 - Atualizado às 13h25


Por uma margem de 3 votos a 2, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) optou por acolher a revisão criminal de dois dos indiciados pelo falecimento de Evandro Ramos Caetano, caso que abalou a região litorânea do estado em 1992.

Conforme informações do Metrópoles, a revogação se aplica aos acusados Osvaldo Marcineiro e Davi dos Santos Soares, podendo ser estendida também a Beatriz Cordeiro Abagge.

A deliberação ocorreu dois anos após a transmissão da série 'Caso Evandro' na Globoplay, na qual as gravações confirmam a prática de tortura contra os sete detidos sob suspeita no incidente.

Em agosto, a turma recursal já havia decidido que as fitas adquiridas pelo jornalista Ivan Mizanzuk poderiam ser consideradas como evidência da prática de tortura pelo então denominado Grupo Águia (Ação de Grupo Unido de Inteligência e Ataque) da Polícia Militar.

Nesta ocasião, os desembargadores Adalberto Jorge Xisto Pereira, Gamaliel Seme Scaff e Sergio Luiz Patitucci votaram favoravelmente à aceitação da revisão criminal.

A morte de Evandro

Em 1992, sete indivíduos foram detidos por alegado envolvimento na morte de Evandro em Guaratuba: Osvaldo Marcineiro, Vicente de Paula Ferreira, Davi dos Santos Soares, Francisco Sérgio Cristofolini e Airton Bardelli dos Santos.

O caso ganhou notoriedade nacional devido à prisão de duas mulheres: Beatriz Cordeiro Abagge e Celina Abagge, filha e esposa do então prefeito de Guaratuba.

Ao longo de décadas, a mídia denominou o caso como as 'Bruxas de Guaratuba'. A reviravolta só ocorreu com a divulgação do podcast 'Projeto Humanos: Caso Evandro', no qual Ivan Mizanzuk apresenta evidências da prática de tortura.

Vale lembrar que, Vicente de Paula, um dos acusados, faleceu em 2011 no Complexo Médico Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

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