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Rio de Janeiro

Bruno Krupp pede revogação de prisão por atropelar e matar adolescente alegando piora em estado de saúde

O advogado do modelo deu detalhes sobre o quadro de saúde e divulgou laudo de exame

Bruno Krupp foi condenado a prisão por atropelar e matar João Gabriel Cardim Guimarães no Rio de Janeiro - Imagem: reprodução O Globo
Bruno Krupp foi condenado a prisão por atropelar e matar João Gabriel Cardim Guimarães no Rio de Janeiro - Imagem: reprodução O Globo

Vitória Tedeschi Publicado em 22/08/2022, às 14h36


A defesa de Bruno Krupp,preso por atropelar e matar o estudanteJoão Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos,entrou com um pedido de revogação de prisão preventiva.

Foi pedido que a medida seja suspensa ou substituída por medidas cautelares alternativas, destacando os problemas de saúde causados pelo acidente e a possibilidade de piora do quadro do modelo.

Em petição encaminhada ao juiz Gustavo Gomes Kalil, em exercício no 4º Tribunal do Júri, o advogado Ary Bergher menciona que o acidente causou no rapaz politrauma; necessidade de enxertia em membro superior; região abdominal e mãos; dependência de cadeira de rodas, por não conseguir ficar em pé; ferida aberta com presença de secreção em parede abdominal; além de edema de articulação de joelho direto.

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Laudo médico Bruno Krupp / Imagem: reprodução O Globo

Além de citarem o quadro clínico de Bruno,no documento, os advogados afirmam que, na noite do acidente, João atravessava com sinal verde para os automóveis e fora da faixa de pedestres na Avenida Lúcio Costa.

Eles também citam que a via é vazia no horário e com alta incidência de roubos; “sobretudo a motociclistas, o que faz com que os motoristas habitualmente ultrapassem a velocidade permitida na via para garantir a própria segurança”, segundo um trecho do documento.

“Depreende-se dos argumentos apresentados na decisão que a prisão preventiva foi decretada não para garantir o regular trâmite do processo, mas sim – com base em reportagens jornalísticas – como meio de antecipação de pena para dar uma resposta à opinião pública. A decisão se debruça, em quase todo seu teor, de forma extremamente adjetivada, sobre questões de mérito, buscando justificar a presença do dolo eventual na hipótese, o que, como dito, não faz sentido, afinal, não há cabimento que tenha assumido o risco de causar um acidente de moto, que gerou graves lesões nele mesmo, a não ser que a acusação sustente a tese de que ele possuía intenções suicidas”, alega Ary Bergher, em defesa de Bruno.

Os advogados de Bruno Krupptambém alegam que o modelo não oferece risco e não teria motivos para seguir detido e chamam a prisão de “desproporcional”. Eles também alegam um excesso de prazo por ainda não ter sido oferecida a denúncia.

Entre as medidas que a defesa sugere estão o recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, apreensão das chaves da moto usada no momento do acidente, proibição de acesso a lugares não frequentados por motivo de trabalho e tornozeleira eletrônica.

Relembre o caso:

O influenciador e modelo Bruno Krupp foi acusado de atropelar e matar um adolescente de 16 anos no dia 31 de julho de 2022, no Rio de Janeiro. Ele atropleou o rapaz em uma via da Barra da Tijuca, que não resistiu aos ferimentos.

O acidente aconteceu após o modelo sair de uma festa e, dirigido a moto em alta velocidade, atropelou um jovem de 16 anos enquanto atravessava a rua fora da faixa, acompanhado da mãe.

Um vídeo (de conteúdo extremamente sensível) que circula nas redes sociais mostra os instantes após o acidente. Nas imagens, o adolescente, que teve a perna amputada por conta da colisão, aparece no chão sendo socorrido por pessoas que passavam no local.

Assista ao vídeo abaixo, mas relembramos que são IMAGENS FORTES de conteúdo extremamente sensível.

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