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Anestesista preso

Polícia do RJ decide destino de anestesista que estuprou grávida durante o parto após prisão em flagrante

Entidades de medicina repudiaram o ato e abrem processo de expulsão do médico

O médico Giovanni Quintella Bezerra foi levado algemado pela Policia Civil na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro - Reprodução/TV Globo
O médico Giovanni Quintella Bezerra foi levado algemado pela Policia Civil na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro - Reprodução/TV Globo

Mateus Omena Publicado em 11/07/2022, às 18h51


Giovanni Quintella Bezerra, o anestesista que foi filmado estuprando uma grávida durante a cesariana, foi levado para o presídio de Benfica, na zona Norte do Rio de Janeiro, no início da tarde desta segunda-feira (11).

A violência sexual ocorreu no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em Villar do Teles. O médico de 32 anos foi preso em flagrante depois que a gravação foi apresentada à polícia.

No vídeo, ele se mostra surpreso ao receber voz de prisão da delegada Bárbara Lomba e ao tomar conhecimento de que tinha sido gravado por enfermeiras abusando da paciente, enquanto ela estava em trabalho de parto nesta madrugada.

Os investigadores agora trabalham para descobrir se existem outras vítimas do anestesista, informou o portal G1.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou também que a audiência de Giovanni Bezerra está marcada para esta terça-feira (12), das 13h às 18h. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável e a pena para este delito varia de 8 a 15 anos de reclusão.

Em virtude do crime, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) anunciou que foi aberto um processo nesta segunda-feira (11) para a expulsão de Giovanni Bezerra.

O ato foi repudiado pelo presidente do Cremerj, Clovis Bersot Munhoz, que o classificou como “cenas absurdas”.

Já a Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde, à qual o Hospital da Mulher Heloneida Studart está subordinado, condenaram a conduta do médico em uma nota.

“Informamos que será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj. A equipe do Hospital da Mulher Heloneida Studart está prestando todo apoio à vítima e à sua família”, afirmou a fundação. “Esse comportamento, além de merecer nosso repúdio, constitui-se em crime, que deve ser punido de acordo com a legislação em vigor”.

Além disso, a direção do hospital onde o estupro ocorreu informou que abriu uma sindicância interna e notificou o Cremerj.

Por outro lado, a defesa do anestesista afirmou que vai aguardar o acesso à íntegra dos depoimentos para se manifestar.

Nota de defesa de Giovanni Quintella

"A defesa alega que ainda não obteve acesso na íntegra aos depoimentos e elementos de provas que foram produzidos durante a lavratura do auto de prisão em flagrante. A defesa informa também que após ter acesso a sua integralidade, se manisfestará sobre a acusação realizada em desfavor do anestesista Giovanni Quintella".

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