O chamado 'Violentômetro' será discutido na Câmara Municipal do estado de São Paulo
Juliane Moreti Publicado em 12/05/2023, às 18h09
Será discutido, nesta terça-feira (16), naCâmara Municipal de São Paulo, um protocolo que visa institucionalizar um conjunto de normas que as instituições terão que seguir ao se depararem com a violência doméstica ou abusos sexuais sofridos pelo público infantojuvenil.
A principal ideia é que escolas, delegacias e hospitais possam não somente identificar que houve algum tipo de violência, mas também materializar provas que possam auxiliar posteriormente na investigação e denúncia contra o agressor.
Através do chamado ''violentômetro'', assim, haverá uma prescrição específicia que os profissionais dessas insitituições devem seguir, não somente entregar um questionário (como já acontece), mas um acolhimento mais adequado.
''É importante separar registros de estupro de vulnerável dos demais (...) Isso não pode continuar assim. Quanto mais especificidade, mais garantia de se chegar ao culpado e de se fazer Justiça'', afirma a presidente-fundadora do Instituto Pró-Vítima, a promotora de Justiça Celeste Leite.
''A rigor, o estuprador se aproveita da falta de conhecimento da criança para abusar dela. Se a escola ensina que o que acontece com essa criança não é correto, ela vai denunciar. Contudo, não há instrumento que contabilize isso. Potencializar este trabalho e mensurá-lo é primordial'', acrescenta.
Na ocasião, cujo tema é ''Fórum de Ações Afirmativas de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes'', estarão quatro entidades: Instituto Brasileiro ''Dayana Garcia'', Coletivo O Direito Achado na Rua, Coletivo Mães na Luta e o Instituto Pró-Vítima.
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