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Milton Leite é reeleito presidente da Câmara Municipal de SP

O vereador Milton Leite (DEM) foi reeleito presidente da Câmara Municipal de São Paulo nesta quarta-feira (15) e vai comandar o Poder Legislativo Municipal

Milton Leite é reeleito presidente da Câmara Municipal de SP
Milton Leite é reeleito presidente da Câmara Municipal de SP

Redação Publicado em 15/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h48


O vereador Milton Leite (DEM) foi reeleito presidente da Câmara Municipal de São Paulo nesta quarta-feira (15) e vai comandar o Poder Legislativo Municipal pela quarta vez na carreira política dele.

Leite está no sétimo mandato consecutivo como vereador da capital e é pai de outros dois parlamentares: o deputado estadual Milton Leite Filho e o deputado federal Alexandre Leite, ambos do mesmo partido do pai. Aos 65 anos, ele está na Câmara Municipal desde 1997.

Dono da campanha mais cara para o cargo de vereador em São Paulo em 2020, Leite teve 49 votos entre os 55 parlamentares empossados na capital nesta quinta-feira (15). Ele disputou a presidência com o vereador Celso Giannazi (PSOL), que teve seis votos, todos da bancada de seu partido.

“Quero manter, nesse próximo ano de 2021, que possamos trabalhar em favor dessa cidade, em favor do Parlamento, aquilo tudo que for possível. E as dificuldades, estaremos superando juntos. Nós temos que acreditar que o diálogo é possível, isso é o mais importante”, destacou Leite ao ser reeleito.

A sessão de eleição da Mesa Diretora foi comandada pelo vereador Atílio Francisco (Republicanos), 2° vice-presidente da casa na legislatura de 2021.

O vereador Celso Giannazi (PSOL), candidato derrotado à presidência da Câmara Municipal de SP. — Foto: André Bueno/Rede Câmara
O vereador Celso Giannazi (PSOL), candidato derrotado à presidência da Câmara Municipal de SP. — Foto: André Bueno/Rede Câmara

Ao registrar a candidatura contra Leite, Celso Giannazi afirmou que a chapa dele tinha o objetivo de “aproximar a Câmara Municipal com os reais interesses dos paulistanos”.

“A Câmara Municipal de SP não está dialogando com os interesses reais da população. Prova disso é a pesquisa feita pela Rede Nossa SP, que diz que a Câmara é a instituição menos confiável da cidade de São Paulo. Apenas 22% da população confia no trabalho dessa Câmara. E eu, como um dos 55 vereadores dessa casa, me sinto incomodado com essa avaliação ruim. Algo está errado. E o errado é a falta de diálogo com a vida real da população”, discursou Giannazi durante a eleição.

Além do presidente, foram eleitos outros sete cargos da Mesa Diretora da Casa para 2022. Confira abaixo os eleitos:

  • Presidente: Milton Leite (DEM)
  • 1° vice: Rute Costa (PSDB)
  • 2° vice: Atílio Francisco (Republicanos)
  • 1° secretário: Alfredinho (PT)
  • 2° secretário: Fernando Holiday (Novo)
  • 1° suplente: George Hato (MDB)
  • 2° suplente: Milton Ferreira (Podemos)
  • Corregedor Geral: Gilberto Nascimento Jr. (PSC)

Mesa diretora

O presidente e os vices direcionam os trabalhos legislativos em plenário. Os secretários são responsáveis pelos contratos administrativos. E cabe ao corregedor zelar pelo cumprimento das normas definidas pelo Regimento Interno.

O mandato da Mesa Diretora da Câmara é anual e a reeleição é permitida apenas para o mesmo cargo durante a legislatura. Milton Leite já havia presidido a casa em 2017, tendo sido reeleito em 2018. Em 2021 foi novamente eleito.

Campanha mais cara de SP

Leite é o principal aliado de Ricardo Nunes (MDB) no Poder Legislativo paulistano e, conforme reportagem do g1 em julho de 2020, a gestão Bruno Covas/Nunes chegou a repassar 70% da verba para obras nos bairros a redutos comandados por Leite nas subprefeituras de Parelheiros, M’Boi Mirim e Capela do Socorro.

Na eleição de 2020, o vereador do DEM gastou R$ 2,5 milhões para se reeleger pela sétima vez seguida na capital paulista, onde conquistou no último pleito mais de 132 mil votos, sendo o segundo parlamentar mais votado da capital paulista pela segunda eleição seguida.

Milton Leite (DEM) e Sonaira Fernandes (Republicanos), vereadores que tiveram, respectivamente, a campanha mais cara e mais barata de 2020. — Foto: Montagem/G1
Milton Leite (DEM) e Sonaira Fernandes (Republicanos), vereadores que tiveram, respectivamente, a campanha mais cara e mais barata de 2020. — Foto: Montagem/G1

O valor gasto por Leite na campanha de 2020 é 423 vezes maior que a nova colega, Sonaira Fernandes, que gastou apenas R$ 5,9 mil para conquistar 17.881 e ser vereadora pelos próximos 4 anos, primeiro mandato dela como parlamentar.

Milton Leite (DEM) teve em 2020 o gasto médio de R$ 18,84 por cada um dos 132.716 votos que obteve na cidade na eleição de novembro. Ele foi o segundo vereador mais votado da capital, perdendo apenas para Eduardo Suplicy (PT), o campeão de votos da cidade e do Brasil. Na última campanha, em 2016, o vereador do DEM havia gastado R$ 2,3 milhões e obteve 107.957 votos.

Além de Leite, as campanhas mais caras entre os parlamentares eleitos em 2020 foram de Rodrigo Goulart (PSD), Janaína Lima (Novo) e Eduardo Tuma (PSDB) – que renunciou ao mandato para assumir o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Município (TCM).

Segundo colocado no ranking das campanhas mais caras está Rodrigo Goulart (PSD), filho do deputado federal Antonio Goulart (PSD), que tem forte ligação com o Corinthians. O vereador reeleito gastou R$ 1,1 milhão na campanha e conquistou 31.472 votos no pleito de novembro. O gasto médio dele por voto foi de R$ 36,72.

  • Candidato x despesas de campanha em 2020:
  • Milton Leite (DEM) – R$ 2.500.489,74
  • Rodrigo Goulart (PSD) – R$ 1.155.749,41
  • Janaína Lima (Novo) – R$ 944.720,41
  • Eduardo Tuma (PSDB) – R$ 933.156,23 (renunciou)
  • Edir Sales (PSD) – R$ 853.917,33
  • Sandra Tadeu (DEM) – R$ 714.886,71
  • Donato (PT) – R$ 704.141,91
  • José Tripoli (PSDB) – R$ 638.924,00
  • Roberto Tripoli (PV) – R$ 619.848,00
  • André Santos (Republicanos) – R$ 581.391,84
  • João Jorge (PSDB) – R$ 578.006,10
  • Adilson Amadeu (DEM) – R$ 575.596,05
  • Faria De Sá (PP) – R$ 560.608,86
  • Eliseu Gabriel (PSB) – R$ 545.564,43
  • George Hato (MDB) – R$ 526.294,75
  • Juliana Cardoso (PT) – R$ 460.840,10
  • Dr. Milton Ferreira (PODEMOS) – R$ 450.188,15
  • Isac Félix (PL) – R$ 415.946,74
  • Sandra Santana (PSDB) – R$ 401.886,57
  • Eli Corrêa (DEM) – R$ 397.300,18
  • Cris Monteiro (NOVO) – R$ 357.199,99
  • Aurélio Nomura (PSDB) – R$ 352.582,56
  • Ely Teruel (Podemos) – R$ 335.612,71
  • Ricardo Teixeira (DEM) – R$ 327.358,40
  • Alessandro Guedes (PT) – R$315.124,10
  • Carlos Bezerra Jr. (PSDB) – R$313.026,69
  • Alfredinho (PT) – R$ 304.939,10
  • Toninho Vespoli (PSOL) – R$ 299.023,46
  • Paulo Frange (PTB) – R$ 293.098,00
  • Senival Moura (PT) – R$ 278.507,09
  • Gilson Barreto (PSDB) – R$ 271.787,90
  • Celso Giannazi (PSOL) – R$ 248.269,93
  • Gilberto Nascimento Jr (PSC) – R$ 244.740,05
  • Rubinho Nunes (PATRIOTA) R$240.354,95
  • Elaine Do Quilombo Periférico (PSOL) R$225.880,89
  • Camilo Cristófaro (PSB) – R$ 225.862,00
  • Fabio Riva (PSDB) – R$ 220.273,20
  • Eduardo Suplicy (PT) – R$ 207.659,76
  • Sidney Cruz (Solidariedade) – R$ 204.453,10
  • Rute Costa (PSDB) – R$ 203.682,45
  • Arselino Tatto (PT) – R$ 187.082,14
  • Jair Tatto (PT) – R$ 186.353,86
  • Thammy Miranda (PL) – R$ 179.875,37
  • Delegado Palumbo (MDB) – R$170.723,89
  • Rinaldi Digilio (PSL) – R$ 169.996,11
  • Fernando Holiday (Patriota) – R$ 158.826,94
  • Marcelo Messias (MDB) – R$ 156.717,39
  • Silvia Da Bancada Feminista (PSOL) – R$ 123.970,33
  • Atilio Francisco (Republicanos) – R$ 119.999,99
  • Luana Alves (PSOL) – R$ 110.701,91
  • Felipe Becari (PSD) – R$ 102.999,16
  • Erika Hilton (PSOL) – R$ 97.621,20
  • Danilo do Posto de Saúde (Podemos) – R$89.946,00
  • Sansão Pereira (Republicanos) – R$ 79.976,30
  • Marlon Do Uber (Patriota) – R$ 8.859,74
  • Sonaira Fernandes (Republicanos) – R$ 5.901,35
  • TOTAL GASTO PELOS ELEITOS: R$ 21.883.205,07

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G1

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