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Metralhadoras furtadas

Nova denúncia sobre o furto de armas do Arsenal de SP é aceita pela Justiça Militar

19 das 21 armas do arsenal que foram furtadas já foram recuperadas pelas autoridades

Nova denúncia sobre o furto de armas do Arsenal de SP é aceita pela Justiça Militar - Imagem: reprodução Twitter I @Metropoles
Nova denúncia sobre o furto de armas do Arsenal de SP é aceita pela Justiça Militar - Imagem: reprodução Twitter I @Metropoles

Milleny Ferreira Publicado em 28/02/2024, às 12h46


As autoridades do Comando Militar aceitaram a nova denúncia contra oito novos suspeitos para o caso, sendo quatro militares e quatro civis que podem ter tido participação direta ou indireta no roubo de 21 armas do Arsenal de Guerra do Exército de Barueri, região metropolitana de São Paulo, que aconteceu em setembro de 2023.

Entre os novos réus está o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que até então era diretor da unidade, além de um primeiro-tenente e dois cabos do Exército Militar.

Desde a última sexta-feira (23) a Justiça Militar apreendeu dois militares que se encontram detidos até então no 2º Batalhão de Polícia do Exército, em Osasco, na Grande São Paulo.

Além da prisão de dois militares, o Exércitotambém decidiu aplicar outras punições a 38 militares, os quais receberam castigos, como prisão disciplinar, que varia de um a 20 dias, a depender da patente e do grau de envolvimento. A medida começou a ser aplicada em novembro do ano passado, de acordo com o portal O Globo.

Dezenove das vinte e uma armas metralhadoras foram recuperadas, enquanto outras duas ainda estão sendo procuradas.

De acordo com um dos documentos liberados pela Justiça Militar da União, com a nova denúncia ela consegue dividir os envolvidos em duas categorias: participação direta no furto, ou indireta por inação ou negligência.

Participação direta:

  • Vagner da Silva Tandu, cabo do Exército Brasileiro (preso), réu por peculato e furto, em concurso com o cabo Felipe Ferreira Barbosa
  • Felipe Ferreira Barbosa, cabo do Exército Brasileiro (preso), réu por peculato e furto, também em concurso com o cabo Vagner da Silva Tandu

Participação indireta:

  • Rivelino Barata de Sousa Batista, tenente-coronel, era o diretor do Arsenal, e agora, réu por inobservância de lei, regulamento ou instrução, cometida por negligência. Foi exonerado de seu cargo após a confirmação do desvio, mas permanece no Exército Brasileiro, lotado na Diretoria de Fabricação.
  • Cristiano Ferreira, primeiro-tenente do Exército, réu por inobservância de lei, regulamento ou instrução, cometida por tolerância, e por peculato culposo.

Os quatro civis que também se tornaram réus, respondem por  receptação, enquanto uma parte deles fazem parte da facção criminosa do Comando Vermelho, o terceiro é familiar de um dos militares e teria participado do planejamento do furto e do contato com integrantes da facção para a oferta das armas.

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