Restrição teria sido motivada devido a um furto de 21 metralhadoras de guerra
Marina Roveda Publicado em 18/10/2023, às 08h32
Em uma situação que tem gerado grande repercussão, cerca de 480 militares, de diferentes patentes, estão impedidos de deixar o quartel onde servem há uma semana. O motivo dessa medida drástica é o desaparecimento de 21 metralhadoras de guerra do Exército, que foram furtadas nas instalações militares localizadas em Barueri, na Grande São Paulo.
O mistério em torno do desaparecimento do armamento começou a se desenhar no dia 10 de outubro, quando uma vistoria interna revelou uma discrepância no número de metralhadoras no Arsenal de Guerra em Barueri. A corporação imediatamente iniciou uma investigação para apurar os detalhes desse furto inusitado.
Como parte das medidas tomadas, soldados, cabos, sargentos, tenentes, capitães, majores e coronéis, presentes no quartel, foram orientados a permanecer no local. Além disso, seus celulares foram confiscados, com o objetivo de evitar qualquer comunicação com familiares e terceiros. A única forma de contato permitida tem sido através de um representante do Exército.
Enquanto isso, a Polícia tem sido acionada para realizar buscas no intuito de localizar o armamento desaparecido. Os familiares dos militares retidos têm se dirigido à frente da base em busca de informações. É importante ressaltar que, segundo o Exército, os militares não estão detidos ou presos, mas a medida foi considerada necessária para auxiliar na localização e recuperação das metralhadoras.
As armas desaparecidas incluem 13 metralhadoras calibre .50, conhecidas por sua capacidade de derrubar aeronaves, e oito metralhadoras calibre 7,62. A investigação sobre esse furto incomum está sob responsabilidade exclusiva do Exército, com o Comando Militar do Sudeste e o Departamento de Ciência e Tecnologia atuando para apurar o extravio do arsenal.
Fontes ligadas ao caso têm avaliado se o furto das metralhadoras pode ter ocorrido devido a alguma falha na segurança do Arsenal de Guerra ou se algum militar pode estar envolvido no crime. Há também a possibilidade de que as armas tenham sido retiradas da base em caminhões militares entre setembro e outubro.
Até o momento, nenhum suspeito foi identificado ou preso, e nenhuma das metralhadoras foi recuperada. A situação tem gerado preocupações, e autoridades alertam que, caso as armas caiam nas mãos do crime organizado, isso poderia representar riscos significativos para a população.
O Exército, por meio de nota, informou que as armas levadas são consideradas "inservíveis," o que significa que elas não estavam em condições de funcionamento e necessitavam de manutenção. Alguns militares, por sua vez, alegam que as metralhadoras foram retiradas gradualmente da base para evitar chamar a atenção.
A investigação continua em andamento e, por enquanto, mantém-se em sigilo. Mais informações sobre o caso serão fornecidas pelo Comando Militar do Sudeste quando consideradas oportunas.
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