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Eleições 2024

Justiça eleitoral condena Boulos a multa de R$ 53,2 mil; veja motivo

A medida foi uma decisão do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) de quarta-feira (10)

Justiça eleitoral condena Boulos a multa de R$ 53,2 mil; veja motivo - Imagem: reprodução Fotos Públicas
Justiça eleitoral condena Boulos a multa de R$ 53,2 mil; veja motivo - Imagem: reprodução Fotos Públicas

Vitória Tedeschi Publicado em 11/04/2024, às 17h42


Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, foi condenado pela Justiça Eleitoral da capital paulista ao pagamento de R$ 53 mil em multa pela divulgação de cenários eleitorais a partir dos resultados de um levantamento do instituto Real Time BigData.

De acordo com reportagem do UOL, a pesquisa eleitoral teria induzido o "eleitor a erro", segundo decisão do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) de quarta-feira (10).

Em sua decisão, o juiz Antonio Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral afirma que Boulos misturou diversos cenários pesquisados pelo instituto para criar uma "pesquisa estimulada 'frankenstein'", induzindo o eleitor a erro.

A culpa do representado (Boulos) está caracterizada na divulgação como resultado oficial de uma pesquisa efetivamente realizada, mas de um cenário fictício de candidatos que não foi objeto de questionário pelo instituto de pesquisas Real Time BigData", disse o juiz na decisão, segundo a Exame.

Nas publicações, que já foram excluídas, o parlamentar divulgava que havia 34% de intenção de voto contra pré-candidatos ligados ao bolsonarismo: Nunes, o deputado Ricardo Salles (PL) e o senador Marcos Pontes (PL).

No entanto, para o magistrado, o pré-candidato misturou cenários de pesquisas estimuladas para fabricar um outro que não havia sido questionado às pessoas que participaram do levantamento.

Apesar disso, ainda de acordo com o UOL, a pré-campanha de Boulos disse que vai recorrer à decisão e se defendeu dizendo que queria comparar as intenções de voto em Boulos e em bolsonaristas, apenas, e que não divulgou dados falsos. A defesa também alegou que a Justiça Eleitoral não tem um modelo de "layouts" específicos para divulgação de pesquisas.

"Houve exclusão do pré-candidato 'bolsonarista' Padre Kelmon que tinha 1% das intenções de voto, eliminado da divulgação para evitar constatação de exclusão dos candidatos Kim Kataguiri (União Brasil)e Tabata Amaral (PSB), com intenções de voto superiores (entre 4% e 6% para Kim e 10% para Tábata) nos diversos cenários de pesquisas estimuladas", rebateu o magistrado.

A ação contra Boulos foi movida pelo MDB, do prefeito Ricardo Nunes, e pelo PSB, da pré-candidata Tabata Amaral, que também é deputada federal.

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