Putin é reeleito na Rússia com 87,3% dos votos

Após 99,8% dos votos apurados, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, obteve 87,3% dos votos, segundo os resultados preliminares divulgados pela Comissão Eleitoral Central da Rússia (CEC), nesta segunda-feira (18).

De acordo com a CNN, o resultado significa que Putin governará pelo menos até 2030, quando terá 77 anos. Sendo o líder mais antigo da Rússia - desde o ditador soviético, Joseph Stalin - ele garantirá uma terceira década completa de governo.

Segundo o chefe da comissão eleitoral da Rússia, a participação nas eleições presidenciais do país, concluídas no domingo (17), atingiu 77,44%, um recorde pós-soviético.

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Putin reforçou seu controle sobre o país que governa desde viragem do século, com os resultados quase completos das eleições organizadas na Rússia indicando uma vitória previsivelmente grande.

Com a maioria dos candidatos da oposição presos, exilados, impedidos de concorrer ou até mesmo mortos - e com a dissidência efetivamente proibida na Rússia - Putin não enfrentou nenhum desafio credível ao seu governo.

O resultado foi inevitável - o porta-voz do presidente disse no ano passado que a votação "não foi realmente democracia", mas sim "burocracia dispendiosa" - mas, o ritual das eleições é, no entanto, de uma grande importância crucial para o Kremlin, como meio de confirmar a autoridade de Putin.

As eleições costumavam ser realizadas a cada quatro anos, porém a lei foi alterada em 2008 para estender os mandatos presidenciais para seis anos. Outras mudanças constitucionais posteriores removeram os limites do mandato presidencial, permitindo potencialmente que Putin permanecesse no poder até 2036.

Na volta de vitória na sua sede eleitoral no domingo, Putin disse que a eleição consolidou a unidade nacional e que tinha "muitas tarefas pela frente" para a Rússia, à medida que continua o seu curso de confronto com o Ocidente.

Não importa o quanto alguém tente nos assustar, quem tente nos suprimir, nossa vontade, nossa consciência, ninguém jamais conseguiu ter feito tal coisa na história, e isso não vai acontecer agora e não vai acontecer no futuro. Nunca", disse ele.