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CALOR

Calor no mês de julho ultrapassa média global

Este foi o segundo mês de julho mais quente já registrado

Imagem ilustrativa - Imagem: Reprodução / Freepik
Imagem ilustrativa - Imagem: Reprodução / Freepik

Sabrina Oliveira Publicado em 08/08/2024, às 11h11


O planeta registrou o segundo mês de julho mais quente já documentado, com a temperatura média superficial alcançando 16,91ºC. Este valor é 0,68ºC superior à média dos anos 1991-2020 e fica apenas 0,04ºC abaixo do recorde estabelecido em julho de 2023.

Na Europa, o calor foi ainda mais intenso, com uma temperatura 1,49ºC acima da média histórica, tornando este julho o segundo mais quente na região desde 2010. O calor também foi predominante no oeste dos Estados Unidos e Canadá, em grande parte da África, Oriente Médio, Ásia e na Antártida Oriental.

Esse novo marco de temperatura vem após uma série de recordes consecutivos de calor, intensificados pela crise climática e pelo fenômeno El Niño, que atingiu seu pico no início do ano. Desde junho do ano passado, o planeta tem experimentado temperaturas médias globais pelo menos 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, uma tendência alarmante que pode resultar em impactos extremos como queimadas, secas severas e chuvas torrenciais.

O aquecimento global também acelera o derretimento das geleiras, contribuindo para o aumento do nível do mar, o que ameaça cidades costeiras ao redor do mundo. Cientistas alertam que, sem ação eficaz contra as mudanças climáticas, cidades como Santa Mônica e Rio de Janeiro podem enfrentar a submersão total no futuro.

Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus, ressalta que o quadro geral de aquecimento continua preocupante. "O contexto geral não mudou. Nosso clima continua esquentando", afirmou.

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