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COLUNA

"Quando o povo não tem arte e cultura, a violência passa a ser o único circo". Jimmy London

Jimmy London. - Imagem: Acervo Pessoal
Jimmy London. - Imagem: Acervo Pessoal

Marcelo Emerson Publicado em 10/11/2022, às 07h54


O filósofo alemão Arthur Schopenhauer dizia que “a arte é uma redenção. Ela livra da vontade e, portanto, da dor. Torna as imagens da vida cheias de encanto”. Seu colega de trabalho e conterrâneo Friedrich Nietzsche defendia que “temos a arte para não morrer ou enlouquecer perante a verdade”.

Começo a coluna desta semana citando dois filósofos que tinham visões de mundo bem realistas para ilustrar a necessidade de buscarmos o gosto pela arte como forma de amenizar o enfrentamento das intempéries pelas quais o mundo atravessa atualmente.

E para tornar a vida do leitor mais leve, trago aqui alguns momentos do bate-papo que tive com o cantor e ator Jimmy London, vocalista das bandas Jimmy & Rats e Matanza Ritual.

Começamos a conversa falando exatamente desta banda, que está em turnê pelo Brasil, enchendo casas de shows.

O Matanza Ritual foi uma gratíssima surpresa”, esclarece Jimmy. “Ela nasceu de uma coisa que era para ser muito momentânea. Era para ser uma pequena ‘janela’, dois ou três meses de shows, que o Paulo Baron [empresário] tinha proposto. Isso foi em março de 2020. E frutificou até hoje”.

Quando questionei sobre a seleção de músicosque acompanham Jimmy na empreitada, o vocalista rende méritos para seus companheiros de banda: “Olha quem foi que a gente chamou para ‘fertilizar’ o lance: Amílcar [Christófaro, baterista da banda Torture Squad], que é nosso irmão; Antônio [Araújo, guitarrista do Korzus]; Felipe [Andreoli, baixista do Angra] e o Paulo [Baron, empresário]. Certas coisas na vida são oportunidades que passam e você não pode deixar de aproveitar”.

A turnê estava prevista para 2020, mas foi adiada para 2022 por conta das restrições da pandemia.  Em abril deste ano a banda passou pela capital de São Paulo. O espetáculo foi marcado por muita energia, intensidade e sintonia entre banda e público. Um grande alento para os fãs carentes de eventos ao vivo depois de aproximadamente dois anos de restrições.

Jimmy London terminou nosso bate-papo ressaltando que “quando o povo não tem arte e cultura, a violência passa a ser o único circo para assistir e isso é muito triste. Minha mensagem para todos é: prezem a arte, prezem a cultura, prezem os artistas, prezem todos os entretenimentos. Lembrem do período de isolamento pela pandemia e como a arte foi importante, até para manter as relações entre as pessoas. Isso é o que vai salvar o mundo: Educação, saúde, alimentação e arte”.

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