por Marcelo Emerson
Publicado em 22/08/2024, às 06h00
Alguns eventos artísticos recentes têm distorcido símbolos e imagens considerados sagrados por certos grupos religiosos.
Em sua atual turnê, a cantora Madonna coloca no palco um dançarino que protagoniza cenas sensuais enquanto emula a imagem de Jesus Cristo.
A cerimônia de abertura das Olímpiadas de Paris 2024 encenou jocosamente o quadro “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci. O escárnio público feito a mais de dois bilhões de cristãos em todo o mundo não passou despercebido. Diante da legítima indignação do público, os organizadores se desculparam e disseram que o ator seminu que dançava de forma extravagante não se tratava de qualquer imagem do referido quadro, mas sim de uma representação de deuses pagãos. Não colou.
Ambos os espetáculos citados são grandes eventos, bancados com vultosos investimentos financeiros e realizados mediante cuidadoso planejamento. Os seus organizadores (e os militantes que os defendem) querem nos fazer crer que foi uma mera piada de mau gosto. Como naquela situação de um tio inconveniente que solta alguns palavrões numa festa solene.
Não, tais eventos não acontecem de forma improvisada e sem compromisso com uma finalidade comunicativa. Outros virão no mesmo tom e com o mesmo teor.
É preciso destacar que a simbologia de cunho religioso tem uma finalidade civilizacional. Explico: símbolos e narrativas simbólicas representam fatos e valores que estabelecem padrões civilizacionais. São paradigmas que nos auxiliam a organizar o caos em nossa mente, além de nos ajudar a compreender melhor a realidade.
A partir da transmissão de padrões entre as sucessivas gerações, conhecemos a nós mesmos e nos damos conta das nossas possibilidades como humanos na sociedade civil.
Evidentemente que esse estado de coisas traz em seu bojo a legitimação de fatores reais de poder. Esta é a dimensão material da realidade. Sendo assim, grupos revolucionários sabem que para tomar o poder faz-se necessário um ataque aos símbolos que o justificam.
Para usar uma palavra da moda, buscam “desconstruir” os símbolos que organizam o imaginário popular de uma dada sociedade.
É aí que entra o objetivo primordial dos organizadores de eventos artísticos como os dois mencionados na presente coluna.
Toda comunicação tem uma intenção. Madonna, os organizadores da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris e outros que se prestam a destruir a simbologia religiosa que fundamenta culturalmente o ocidente sabem o que estão fazendo e estão convictos de onde querem chegar. Não é só mau gosto.
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