O incidente aconteceu em uma igreja evangélica em Goiânia
Mateus Omena Publicado em 03/09/2022, às 08h55
Um policial militar atirou em outro homem durante o culto em uma igreja em Goiânia (GO) devido a uma divergência política entre ambos.
O incidente aconteceu na CCB (Congregação Cristã no Brasil) na última quarta-feira (31), depois que a igreja passou uma circular sobre eleições, na qual pediu aos fiéis para não votar em candidatos que são a favor de políticas de "desconstrução das famílias".
A vítima é o assessor empresarial Davi Augusto de Souza, de 40 anos, foi baleado na perna e encaminhado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde foi submetido a uma cirurgia e passa bem.
O momento do ataque foi registrado em vídeo pelo irmão de Davi, Daniel Augusto de Souza. Depois da confusão, ele postou a gravação nas redes sociais onde denuncia o crime cometido pelo PM.
"Olha lá. Meu irmão foi baleado e eles continuaram com o culto, continuaram com as reuniões, 'normalzinho', como se nada tivesse acontecido. Tem ambulância, polícia aqui na porta, bombeiros chegando", disse.
Absurdo isso.
— Lenna87s (@lenna87s) September 2, 2022
Fiel se revolta com nota de igreja obrigando o povo a votar em candidato de direita e leva um tiro dentro da igreja. Igrejas virando templo bolsonarista, não é mais de Deus.
Casa de Deus é casa de oração e não palanque político. pic.twitter.com/wgyWOIC5cl
Polarização
Em entrevista ao portal UOL, João Bispo, que frequenta a CCB testemunhou a cena e detalhou como tudo ocorreu.
Ele explicou que, durante o culto, um cooperador da CCB fez um discurso em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL) e criticou os adversários do político nas eleições de 2022. David não concordou com a fala do cooperador e a rebateu, dizendo que a igreja deveria falar de Jesus.
"Daí chegou o PM e ele foi baleado na perna. O absurdo pior foi que toda a irmandade presente no culto ficou alheia ao ocorrido mesmo vendo a situação e o culto prosseguiu enquanto um de seus fiéis estava ensanguentado", disse.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás disse que o PM, que não teve sua identidade divulgada, estava "em horário de folga". Assim que a corporação tomou conhecimento do caso, foi determinada a instauração de um procedimento administrativo disciplinar para apurar as circunstâncias do fato.
"Informamos ainda, que o policial militar apresentou de forma espontânea na delegacia de Polícia Civil para os procedimentos cabíveis", diz a nota, assinada pelo tenente-coronel Dallbian Guimarães Rodrigues.
A SSP-GO também informou que a Polícia Civil abriu inquérito para apurar a ocorrência e já começou a arrolar testemunhas.
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