Lembro como se fosse hoje da estreia da
Seleção Brasileira do então técnico Paulo Roberto Falcão. Ele herdava um time destroçado com a eliminação precoce e traumática para a
Argentinana Copa do Mundo de 1990. Aquele resultado impactou demais e a mídia especializada transformou o técnico Sebastião Lazaroni e o volante Dunga como símbolos
daquele fracasso. Viraram vilões para o público brasileiro! Pois bem, logo no primeiro jogo sob o comando do ex-volante de 82, o Brasil levou uma surra da Espanha de 3 a 0 fora o baile.
A sequência foi complicada com muitos empates e derrotas. A Seleção só foi ver uma vitória quase 7 meses depois no amistoso contra a
Romêniano estádio do Café, no Paraná... 1 a 0, gol do volante Moacir. Depois as coisas foram evoluindo e gradativamente a base do elenco do Tetra foi se formando. A essa altura já tinha nomes como Cafu, Ricardo Rocha, Márcio Santos, Mauro Silva e Bebeto. O vice da Copa América em 91 foi o laboratório definitivo para a formação de um baita time, que mais tarde faria história nas mãos do Carlos Alberto Parreira.
Trazendo para nossa realidade, o amistoso contra
Marrocosfoi o primeiro jogo da nossa Seleção após a eiminação do Mundial do Catar. Muita expectativa para os novos restes de jogadores que brilham no futebol brasileiro, como os casos dos palmeirenses Rony e Raphael Veiga, além do corintiano e Yuri Alberto. Óbvio que ainda tem espaço cativo para jogadores de qualidade do Flamengo, como o centroavante Pedro. Mas já vi muita evolução sobretudo em dar oportunidades para jovens que foram campeões no Sub-20. Sempre é importante essa ambientação.
O Ramon é interino e a expectativa é que chegue um técnico mais experiente para dirigir a Seleção. Alguém mais ponderado que saiba aproveitar o que melhor tempos aqui e no exterior. Minha esperança é que seja o Abel, um cara totalmente diferenciado no cargo. Mas é bem capaz da
CBFtrazer um gringo como o italiano Ancelotti. Não vou julgar, só acho que o povo tem que ter um pouco de paciência para a formação de um novo time campeão. Isso não se faz da noite para o dia.