Falta apenas uma semana para o início das Paralimpíadas de Tóquio. A cerimônia de abertura na próxima terça-feira, às 8h (de Brasília), vai marcar o começo
Redação Publicado em 17/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h45
Falta apenas uma semana para o início das Paralimpíadas de Tóquio. A cerimônia de abertura na próxima terça-feira, às 8h (de Brasília), vai marcar o começo das disputas de 22 modalidades. A projeção é de muitas medalhas para o Brasil e principalmente muitas histórias emocionantes até o dia 5 de setembro. Há motivos de sobre para acordar cedo ou até mesmo madrugar para acompanhar tudo, e o ge destaca dez motivos para não perder os Jogos Paralímpicos do Japão.
O Brasil é uma potência do esporte paralímpico! Figurou no Top 10 nas últimas três edições dos Jogos, e a meta do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é se manter entre as dez primeiras delegações do quadro de medalhas. A projeção é de medalha para o Brasil todo dia! Foram 72 pódios para os brasileiros na Rio 2016.
O Brasil tem na história das Paralimpíadas 87 medalhas de ouro e pode chegar ao 100º título já nos Jogos de Tóquio. Faltam apenas 13 ouros! Na Rio 2016, foram 14 títulos brasileiros. Vão ser 260 atletas brasileiros em busca do ouro em Tóquio (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro).
Maior campeão paralímpico da história do Brasil, Daniel Dias vai disputar os Jogos pela quarta e última vez. Aos 33 anos, o nadador decidiu se aposentar. Tóquio vai ser o último ato, e ele espera aumentar o currículo de 24 medalhas paralímpicas, embora acredite que dificilmente vai conseguir aumentar a coleção de 14 ouros. É que uma reclassificação na natação paralímpica colocou na categoria do brasileiro, a S5, atletas que antes competiam em categorias acima, com menor restrição motora.
A cada edição das Paralimpíadas, novos brasileiros entram para o hall de campeões. São muitas promessas entre os 87 estreantes da delegação. Duas promessas são da natação. Gabriel Bandeira, de 21 anos, quebrou quatro recordes mundiais já em sua primeira competição, no ano passado, na classe S14, para atletas com deficiência intelectual. Maria Carolina Santiago fez a transição da natação convencional para a paralímpica no fim de 2018 e neste ano bateu o recorde dos 50m livre da classe S12, para atletas com deficiência visual.
Dos 22 esportes das Paralimpíadas de Tóquio, dois são estreantes: parabadminton e parataekwondo. E o Brasil tem chances de pódios nos dois. Vitor Tavares é o único representante do país no parabadminton e conquistou três bronzes no Mundial de 2019. Débora Menezes é o destaque do trio brasileiro do parataekwondo e foi campeã mundial em 2019.
O Brasil vai tentar manter a hegemonia no futebol de 5. O time verde-amarelo sempre foi campeão desde que a modalidade para atletas com deficiência visual entrou para o programa dos Jogos, em Atenas 2004. Ricardinho e Jefinho lideram o Brasil em busca do penta. O time é o atual campeão mundial.
O atleta paralímpico mais rápido da história é brasileiro e vai competir em Tóquio. Em 2019, Petrúcio Ferreira quebrou o recorde mundial dos 100m rasos T47 (para atletas com deficiência nos membros superiores) com a marca de 10s42, a melhor entre todas as classes do atletismo paralímpico. Dono de três medalhas na Rio 2016, vai buscar mais pódios no Japão e dar o tradicional show nas comemorações.
Petrúcio Ferreira puxa a turma carismática do atletismo paralímpico do Brasil junto com Vinícius Rodrigues, Washington Júnior e Thomaz Moraes. Já chegaram ao Japão colocando funk para tocar no aeroporto. Animação não vai faltar para os atletas brasileiros.
Aos 51 anos, Antônio Tenório vai disputar as Paralimpíadas pela sétima vez em busca da sétima medalha – tem quatro ouros, uma prata e um bronze. Ele superou a covid-19 em sua preparação para Tóquio. Ficou 17 dias internado e teve 80% do pulmão comprometido, mas se recuperou e foi o primeiro atleta do país – entre olímpicos e paralímpicos – a ser vacinado.
Nas Paralimpíadas do Rio, foram registrados 220 recordes mundiais e 432 recordes paralímpicos. A projeção é que Tóquio supere esses números de recordes. E muitos brasileiros estão entre os candidatos a recordistas. Beth Gomes está nesse grupo. Aos 56 anos, ela é a atleta mais velha da delegação brasileira e é a atual recordista mundial do lançamento do disco na classe F52.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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