Diário de São Paulo
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Acusação sexual

Justiça internacional guarda processo que confirma sêmen de Cuca no corpo da vítima

O documento judicial está nos Arquivos do Estado de Cantão de Berna, capital da Suiça

Um processo judicial da Suiça revela que o sêmen do treinador foi encontrado no corpo da vítima. - Imagem: reprodução I Instagram
Um processo judicial da Suiça revela que o sêmen do treinador foi encontrado no corpo da vítima. - Imagem: reprodução I Instagram

Juliane Moreti Publicado em 29/04/2023, às 10h39


Um processo judicial guardado nos Arquivos do Estado de Cantão de Berna, capital da Suiça, revela que o sêmen do treinador foi encontrado no corpo da vítima. 

De acordo com informações do portal G1, o documento histórico possui 1023 páginas, em que o conteúdo completo está em sigilo de 100 anos. Na folha 915 começa a sentença do júiz, em que o portal teve acesso às informações. 

Consta no processo, conforme Barbara Studer, diretora dos Arquivos de Berna, que o sêmen de Cuca foi encontrado no corpo da vítima, além de que ela reconheceu o técnico como um dos agressores. A diretora também afirmou que a menina tentou suicídio após o crime. 

Há quatro nomes no processo e o primeiro é o de Cuca - Alexi Stiveal. O crime que cometeram está descrito como ato sexual com menor e coaçãotambém sexual. 

Os quatro envolvidos receberam uma pena condicional que é presente na legislação da Suiça e ficaram presos por quase um mês, quando pagaram fiança e voltaram ao Brasil. O julgamento aconteceu quase dois anos depois, sem a presença deles. 

Na época, Cuca e outros dois homens (que também jogavam no Grêmio) foram condenados por terem cometidos atos sexuais com uma garota de 13 anos. A quarta pessoa foi absolvida dessa acusação, condenada apenas por coação. 

O advogado Peter Kriebel, ainda conforme o portal, alega que ''coação sexual'' não é considerado estupro na Suiça, diferente do Brasil. ''É aplicar violência ou uma ameaça para fazer uma pessoa tolerar atos sexuais'', explica sobre o conceito no país estrangeiro. 

Apesar das informações, Cuca negou que tenha sido reconhecido pela garota durante uma entrevista coletiva. ''Não é que ela não reconheceu. É que eu não estava. E ela, a vítima - não sou eu, é ela - falou: 'o rapaz não está, o rapaz não está'''.

A repercussão do julgamento e condenação, que aconteceu em 15 de agosto em 1989, veio à tona novamente após a entrada e saída de Cuca como técnico do  Corinthians. Apesar disso, o crime aconteceu em julho de 1987, em um hotel no centro de Berna. 

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