Alonso diz que críticas engrandeceram seu desempenho em retorno à F1

O começo de Fernando Alonso em seu retorno para a Fórmula 1 após dois anos de ausência esteve longe de ser fácil, com um abandono em sua primeira prova pela Alpine, no GP do Bahrein, e uma sequência irregular com poucos pontos. O cenário, porém, tem mudado; o espanhol ainda está atrás do companheiro Esteban Ocon na tabela, mas anotou pontos em seis provas seguidas, flertando com o pódio na Hungria. E para ele, as críticas que recebeu no início do ano enaltecem sua evolução.

– As críticas e os comentários que foram feitos… Não que eu tenha gostado, mas foram uma bênção, porque eu sabia que seria apenas uma questão de tempo até que as pessoas começassem a apreciar se eu terminasse uma corrida no décimo lugar – disse o bicampeão.

O espanhol ocupa a 11º colocação do campeonato, com Esteban Ocon em décimo após a vitória no Circuito de Hungaroring. A prova, aliás, marcou o melhor desempenho de Alonso até o momento: um quarto lugar, depois de uma extensa briga contra Lewis Hamilton, da Mercedes, para proteger o colega. Mencionando o francês, piloto da Alpine explicou seu raciocínio:

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– Se eu tivesse ficado na frente do (Esteban) Ocon desde o início, sempre pontuando, teriam dito o que falaram ao longo da minha carreira: que meu companheiro de equipe não estava ao mesmo nível que o meu, que o carro tinha mais potencial mas eu não estava aproveitando. Se pensarem que estou acabado, qualquer coisa que eu vá realizar será muito mais apreciada.

Com 40 anos recém-completados no fim de julho, o bicampeão havia se retirado da Fórmula 1 na temporada 2018. Durante esse período, disputou provas como as 500 Milhas de Indianápolis, o Rally Dakar, as 24 Horas de Le Mans e as 24 Horas de Daytona – tendo vencido as duas últimas.

Fernando Alonso e Lewis Hamilton protagonizaram uma das principais disputas do GP da Hungria — Foto: Lars Baron/Getty Images

De volta à F1, pontuou apenas duas vezes nas primeiras cinco corridas, com seu colega de equipe sempre na frente nas dez primeiras colocações. Um de seus resultados mais decepcionantes foi em Mônaco, onde já venceu duas vezes (em 2006 e 2007) mas foi apenas 13º na prova deste ano.

– Eu sabia que seria um processo de adaptação, mas pensei que teria sido mais rápido porque a Fórmula 1 era uma coisa natural para mim em comparação com o Mundial de Endurance, o Rally Dakar ou as 500 Milhas de Indianápolis. Veja Mônaco: eu esperava que fosse bom para mim, mas nem passei do Q1 na classificação. Foi decepcionante. Algumas corridas não foram boas, como na França, onde terminei em nono, mas foi considerado um super desempenho porque eu estava voltando a fazer boas provas – lembra.

Apesar do começo difícil, o espanhol conseguiu avançar ao Q3 em cinco das seis provas seguintes – com um sétimo lugar como melhor resultado no grid de largada. No Azerbaijão e na França, que dificultaram o trabalho dos pilotos com o desgaste do pneus, foi oitavo e nono, consecutivamente, enquanto o colega da Alpine abandonou a primeira e foi 14º na segunda.

Fernando Alonso comemora resultado do GP da Hungria com Alpine — Foto: Mark Thompson/Getty Images

Confira a classificação e o calendário da F1 2021

Com a conclusão da primeira metade do campeonato 2021 após o GP da Hungria, a disputa interna na Alpine se equilibrou; Alonso saiu na frente de Ocon em cinco corridas contra seis do companheiro, mas inverteu a estatística nas classificações. No Mundial de Pilotos, soma 38 pontos, apenas um a menos que o companheiro.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.