A emissora tem como dono Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus
Nathalia Jesus Publicado em 31/05/2023, às 13h07
A Record está sendo acusada de demitir autores de novelas bíblicas que se recusaram a virar evangélicos e se alinharem aos dogmas da Igreja Universal do Reino de Deus, liderada pelo dono da emissora, Edir Macedo.
Eduardo Boechat, Camillo Pelegrini, Joaquim Assis, Cristiane Fridman e Paula Richard teriam sido alguns dos nomes descartados pela Record por não seguirem a religião do chefe da emissora e Cristiane Cardoso, filha de Edir e diretora de Dramaturgia.
Segundo informações do portal Notícias da TV, Paula Richard, autora de "Jesus" (2018-19) e "O Rico e o Lázaro" (2017), levou a denúncia à Justiça e anexou um pedido de indenização por preconceito religioso.
Entre as demais solicitações, a autora pede cerca de R$ 5,6 milhões de indenização à emissora. Para reforçar a sua versão de que teria sido demitida por conta de intolerância religiosa, a profissional compilou algumas declarações dos outros colegas que também foram dispensados nas mesmas circunstâncias.
Um dos depoimentos usados na argumentação de Paula foi o de Emílio Boechat, que se manifestou em suas redes sociais após o desligamento da Record, em 2021, e não poupou palavras para mostrar o seu descontentamento com o comando da rede de televisão, principalmente com Cristiane Cardoso e a Igreja Universal.
De acordo com os relatos, mesmo antes de serem formalmente apresentados como comandantes da Dramaturgia das produções, Cristiane já alterava livremente sinopses e diálogos que não gostava.
"O que esperar de uma emissora que entregou a dramaturgia nas mãos de amadores cujo compromisso é apenas divulgar os dogmas de uma igreja específica? Tenho pena dos atores e demais profissionais que se submetem a essa humilhação porque precisam do dinheiro", afirmou Boechat.
Na ação que move contra a Record, Paula disse que sempre respeitou todas as crenças e tentou fazer novelas religiosas sem o enfoque direto para uma igreja específica, mas foi impedida.
"Evidente que a autora nutre profundo respeito pela denominação religiosa dos donos da emissora em que laborou por tantos anos, mas esse respeito não foi recíproco", afirma o documento protocolado na Justiça.
"A relação de trabalho da autora com membros da igreja, seja na produção ou com as colaboradoras que foram inseridas na sua equipe, sempre foi amena; entretanto, ao que tudo indica, a já mencionada senhora Cristiane Cardoso estava estava determinada a ter apenas membros da Igreja Universal escrevendo na Record TV - o que constitui, a toda evidência, inaceitável discriminação de cariz religioso", aponta a advogada de Paula no documento.
Por sua vez, a Record TV emitiu uma nota afirmando que a emissora "não tem religião".
"A Record TV vem a público declarar que é contra qualquer tipo de intolerância, inclusive a religiosa. Portanto, o Grupo Record anuncia que tomará todas as providências judiciais necessárias com relação a acusação sofrida hoje."
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