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Ex-pastor revela que Igreja Universal submete fiéis a ‘esterilização forçada por vontade de Deus’

Além da acusação, o religioso processou a organização e pede indenização de R$ 200 mil

Templo da Igreja Universal, na região Metropolitana de São Paulo - Imagem: reprodução/Google Street View
Templo da Igreja Universal, na região Metropolitana de São Paulo - Imagem: reprodução/Google Street View

Mateus Omena Publicado em 29/05/2023, às 16h24


Um ex-pastor denunciou a Igreja Universal do Reino de Deus, comandada por Edir Macedo, por forçar os fiéis a esterilização forçada. 

Segundo o homem, a ação violenta era promovida pela organização para ingresso e crescimento dentro dos quadros do grupo religioso.

O religioso entrou com processo na Justiça, pedindo pela condenação do grupo religioso a pagar indenização de R$ 200 mil pelos "pelos procedimentos e práticas abusivas", assim como realize o reembolso do que foi gasto com a "reversão da vasectomia e com procedimentos de fertilização".

Ele contou que atuou como funcionário da igreja de 1989 a 2022, seus superiores "exigiram" que ele e sua mulher passassem por procedimentos de esterilização. O fato aconteceu após o nascimento da primeira filha do casal, em 1999.

De acordo com o religioso, "tal imposição de se submeter era exigência, mas tinha por traz o intuito de gerar entre os pastores obediência as normas da igreja, vez que pastores com filhos, não eram bem vindos ou bem vistos, pois poderiam ser desobedientes em nome dos filhos".

Na petição inicial, há a explicação de que o casal passou pelos procedimentos "exigidos". Na ocasião, foram chamados a "um local determinado pela igreja: uma sala, totalmente precária e sem anestesia".

Os advogados do ex-pastor também listam em dezenas de páginas algumas transcrições de pregações e matérias jornalísticas dando conta da política da igreja. O caso está em andamento no Tribunal de Justiça de São Paulo.

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