O ex-deputado também detalhou outros alvos do ex-presidente por causa de divergências e oposições
Mateus Omena Publicado em 01/06/2023, às 12h34
Alexandre Frota revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) queria se vingar de uma famosa cantora por "liderar" a campanha "ele não" nas eleições de 2018.
As declarações dele sobre os bastidores do Planalto e do Congresso foram feitas recentemente no podcast Não é Nada Pessoal.
Segundo o ex-ator e político, que naquela época era um dos principais aliados de Bolsonaro, o ex-presidente ficou irritado com a campanha encabeçada por Daniela Mercury e apoiada por diversas personalidades da TV Globo.
Ao longo do tempo, a expressão “Ele Não” também foi aderida pelos internautas nas redes sociais.
"Ele [Bolsonaro] ficava muito preocupado por causa daquela campanha liderada pela Daniela Mercury, da hashtag 'ele não', que várias atrizes da Globo fizeram etc e tal, e ele queria se vingar disso, e eu falava para ele que não era o caminho essa vingança, até porque a Cultura do país é uma coisa de extrema importância, e que se ele estava recebendo ódio, repúdio da classe, deveria dar um tapa de luva de pelica na classe, e promover a Cultura, ainda que ele não gostasse", relatou.
Frota destacou que o motivo que levou Jair Bolsonaro a acabar com o Ministério da Cultura e torná-la em uma Secretaria foi justamente para se "vingar" dos artistas.
"Ele destruiu o ministério da Cultura, transformou na Secretaria em uma espécie de vingança. Eu falei para ele que ele estava mexendo com pessoas com milhões de seguidores, que iriam se juntar para massacrá-lo, ainda assim foi inútil", afirmou o ex-deputado.
Em relação à Lei Rouanet, Alexandre Frota também contou que se aproximou de Jair Bolsonaro em 2018 por saber que ele iria "na contramão da Cultura" e que "não tinha conhecimentos dessa lei".
"Logo no início quando a gente estava em campanha, eu conversei muito com ele porque havia uma preocupação muito grande em relação à Lei Rouanet. Eu sabia que ele não entendia absolutamente nada de Lei Rouanet, que ele vinha na contramão da Cultura, e ele já tinha falado isso pra mim".
A hashtag se tornou um dos símbolos da luta dos movimentos de esquerda e de progressistas nas eleições de 2018. Ela surgiu em setembro daquele ano, criada no grupo do Facebook "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro".
Mais tarde, o movimento ganhou aderência no meio artístico, a exemplo de Daniela Mercury, que naquele pleito foi uma das principais vozes contrárias a " entre os famosos.
Em seu perfil no Instagram, Daniela Mercury deu visibilidade ao desafio de convidar personalidades para irem às ruas contra Bolsonaro. Na época, a cantora postou vídeo em que elencou seus motivos para não votar no então candidato, e desafiou Anitta a endossar o movimento.
Já Anitta aceitou e desafiou as cantoras Ivete Sangalo, Claudia Leitte e Preta Gil. O movimento então passou a ganhar mais força e irritou a campanha bolsonarista.
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