Famosa atriz da Globo dá depoimento comovente e expõe caso de abuso sexual

Recentemente, a famosa atriz Thaila Ayala, que já trabalhou na Globo e ficou muito conhecida por seu papel na décima quarta temporada de 'Malhação'(2007) e também por interpretar a personagem Amanda, na novela 'Ti-Ti-Ti' (2008-2011), fez um desabafo comovente.

Em entrevista para a revista Marie Claire, ela falou sobre alguns temas sensíveis e revelou que o trauma de alguns episódios violentos pelos quais passou na infância fez com que ela desenvolvesse uma depressão pós-parto durante a gravidez de seu primeiro filho.

A artista é casada desde 2019 com o ator Renato Góes. Os dois são pais de Francisco e, no momento, estão à espera da segunda filha, que se chamará Tereza.

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Durante o bate-papo com a Marie Claire, Ayala comentou sobre como teve uma infância difícil e conturbada, marcada por momentos cheios de violência, além de ter exposto que já foi abusada sexualmente quando criança. 

"Sofri alguns abusos que eu não me sinto tão à vontade de falar, aliás, eu nunca nem falei. Mas abusos sexuais mesmo, na minha infância, com pessoas próximas. Tive muitos traumas. Vi minha mãe sofrer muito de todas as formas: abuso no trabalho, em casa, na família... Um familiar tentou violentar minha mãe".

"Meu pai teve problema com álcool em algumas fases da vida. Ele era muito agressivo, teve muita violência dentro de casa. Com a gente também, mas principalmente com a minha mãe, que sempre entrava na frente para nos defender", explicou.

"Eu acho que ver a minha mãe lutando por essa família, o tanto que ela lutou, aceitando tantos absurdos, não só pela gente, mas porque realmente amava profundamente o meu pai; ver essa mulher sendo quebrada diariamente, me trouxe o medo de repetir, de fazer o mesmo, de não ser capaz de ter uma família", desabafou.

Com relação à depressão que enfrentou em sua primeira gravidez, Thaila Ayala admitiu que sentiu uma certa culpa por se sentir daquela maneira e que nunca tinha imaginado passar por aquilo. "Já ouvi muito falar de depressão pós-parto, mas nunca tinha ouvido o quanto é comum na gravidez".

"[Pensava] 'eu quis tanto, como posso estar triste?'. Essa culpa me afundou ainda mais. Dizem que nasce o bebê e nasce uma mãe. Quem dera fosse assim. É uma construção real diária", finalizou.