Diário de São Paulo
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Doença rara

Esposa de Juliano Cazarré dá relato forte sobre tratamento da filha: "Solidão enorme"

A pequena foi diagnosticada com uma doença rara no quinto mês de gestação

Esposa de Juliano Cazarré dá relato forte sobre tratamento da filha: "Solidão enorme" - Imagem: reprodução redes sociais
Esposa de Juliano Cazarré dá relato forte sobre tratamento da filha: "Solidão enorme" - Imagem: reprodução redes sociais

Vitória Tedeschi Publicado em 21/03/2023, às 12h02


Em relato forte, Letícia Cazarré, casada com o ator Juliano Cazarré, detalhou como é a rotina de cuidados de Maria Guilhermina, filha caçula do casal, e destacou que "nunca sabe como ela vai acordar" devido à saúde ainda frágil.

Isso porque a pequena foi diagnosticada com uma anomalia na válvula tricúspide, no lado direito do coração, durante o quinto mês de gestação. O quadro clínico é compatível com a Anomalia de Ebstein, uma doença rara no coração.

Letícia contou à Marie Claire que quando descobriu a condição da filha, ficou estado "de luto" e a notícia a fez se questionar como conseguiria cuidar da filha. Após o nascimento, Guilhermina precisou ser submetida a uma cirurgia. "Ver a minha filha sedada, inchada e totalmente diferente do que quando nasceu é muito doloroso", declarou.

A mãe também relembrou um momento especialmente difícil, durante os dois meses em que a filha precisou ficar internada após o nascimento, quando, em 11 de agosto de 2022, a criança apresentou piora no quadro clínico e os médicos a mandaram chamar Juliano. Nessa ocasião, ela ficou apreensiva com a possibilidade de a filha não resistir.

Foram muitos desafios e momentos em que Letícia confessa que precisou tirar forças de onde nem sabia que era possível para cuidar de Guilhermina. Sobre a rotina, ela conta que era muito cansativa.

Tirava leite quatro vezes por dia no lactário do hospital, ia embora para casa exausta, às 11h da noite, sabendo que no dia seguinte começaria tudo de novo, numa solidão enorme, longe da família, dos amigos, longe de tudo que é seu. Mas aquilo era o melhor que eu podia fazer, estar ao lado dela", relembra.

"O fato de eu estar lá, sozinha, pesava muito para mim. A responsabilidade de tudo em relação a ela era minha. Se eu falhasse, se quisesse dormir até mais tarde, se perdesse a paciência com um médico, era eu que tinha que aguentar essa barra enquanto meu marido estava fazendo tudo em casa", continuou.

Atualmente, Guilhermina recebe tratamento em casa e conta com o auxílio de técnicos de enfermagem 24 horas por dia. "A vida dela é muito frágil. Ela precisa de cuidados intensivos e tem uma rotina muito puxada".

"Ela precisa de fisioterapia três vezes ao dia, depende de exercícios respiratórios para abrir o pulmão por causa da insuficiência pulmonar. Às 8h, ela faz a primeira sessão e perto das 9h, levo ela no jardim para pegar um sol, coloco uma música e este é um momento só nosso", acrescentou ela.

Quero vê-la livre de tudo isso, que ela possa ter uma vida normal. É o meu maior sonho", finalizou Letícia.
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