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Artistas e celebridades lamentam morte de Gal Costa: "Querida e talentosa"

O óbito foi confirmado na manhã desta quarta-feira (9)

Gal Costa havia feito pausa em seus shows para realizar um tratamento - Imagem: reprodução/Facebook
Gal Costa havia feito pausa em seus shows para realizar um tratamento - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 09/11/2022, às 12h05


A cantora Gal Costa morreu nesta quarta-feira (9), aos 77 anos. A tragédia foi publicada, inicialmente, pelo jornal Folha de S.Paulo.

Em seguida, a informação foi confirmada ao UOL Splash pela assessoria de imprensa da artista.

Gal havia dado uma pausa em shows, após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita, no final de setembro. Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos.

A notícia pegou de surpresa diversos fãs da cantora, que lamentaram a perda nas redes sociais. Além deles, muitos artistas e celebridades, principalmente aqueles que eram próximos da cantora, demonstraram abalo com a tragédia e fizeram homenagens em seus perfis.

O roteirista e humorista Antonio Tabet escreveu: "A brilhante Gal Costa morreu. Outra perda irreparável para a nossa cultura." Já a jornalista Vera Magalhães lamentou: "Que tristeza, meu Deus. RIP Gal Costa."

A apresentadora do programa "Mais Você" (TV Globo), Ana Maria Braga, também lamentou a morte de Gal Costa e se manifestou ao vivo: "Enquanto a gente tava aqui conversando, eu recebi uma notícia muito triste. Morreu hoje uma das maiores cantoras brasileiras, a nossa querida e talentosa Gal Costa, aos 77 anos."

Trajetória

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador (BA). Ela iniciou sua carreira em 1965 e ganhou destaqye ao se apresentar ao lado de Caetano Veloso e Gilberto Gil.

A cantora também é lembrada por canções como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra" e "Barato total", que se tornaram clássicos da MPB (Música Popular Brasileira).

"Baby", de Caetano Veloso, é bastante lembrada pela voz de Gal. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. "Divino maravilhoso" (de Gil e Caetano) marcou outra fase do movimento tropicalista.

Ao longo dos anos 60 e 70, Gal passou a se dedicar a outros estilos, como o suingue de Jorge Ben Jor com "Que pena (Ela já não gosta mais de mim)" e o rock, com "Cinema Olympia", também de Caetano Veloso.

"Meu nome é Gal", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.

Com "Pérola negra", de 1971, a artista contribuiu para dar notoriedade ao, novato da época, o compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou "Vapor barato", dando visibilidade aos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.

Ao longo de sua carreira, Gal Costa continuou gravando várias músicas de Gil e Caetano.

Ela estava em turnê com o show "As várias pontas de uma estrela", no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. "Açaí", "Nada mais", "Sorte" e "Lua de mel" eram algumas das músicas do repertório.

Bem recebido pelo público e pela crítica, a apresentação fez com que a agenda de Gal ficasse agitada após a pandemia. A estreia aconteceu em São Paulo, em outubro de 2021.

Além de rodar o Brasil, Gal entrou na programação de vários festivais e ainda tinha uma turnê na Europa prevista para novembro.

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