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Antes da morte, Rita Lee disse quem não quer de jeito nenhum em seu velório

A cantora morreu na noite de segunda-feira (8), em São Paulo

Rita Lee foi uma das principais vozes e compositoras do rock brasileiro, influenciando diversos artistas - Imagem: reprodução/Facebook
Rita Lee foi uma das principais vozes e compositoras do rock brasileiro, influenciando diversos artistas - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 09/05/2023, às 12h32


Rita Lee morreu na noite da última segunda-feira (8), aos 75 anos, em São Paulo. A tragédia foi anunciada pela família da cantora nesta terça (9), nas redes sociais.

Em sua autobiografia, "Rita Lee: Uma Autobiografia" (Editora Globo), declarou como imaginava que o mundo lidaria com sua morte e detalhou suas vontades para este momento de despedida.

No livro, a artista contou já ter escolhido qual a frase que gostaria que estivesse em seu epitáfio: "Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa."

Ela apresentou sua perspectiva sobre as reações ao anúncio de sua partida. "Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta", escreveu.

"Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída."

Rita Lee também explicou sobre o que pensava a respeito da reação daqueles que a amam.

"Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão 'Ovelha Negra', as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair."

"Nas redes virtuais, alguns dirão: 'Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk'. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: 'Thank you Lord, finally sedated' ('Obrigada, Deus, finalmente sedada', em tradução livre)."

Leia o trecho na íntegra:
"Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão "Ovelha negra", as tvs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes virtuais, alguns dirão: "Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk". Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: 'Thank you Lord, finally sedated'".

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