Nova York superou Londres como o centro financeiro mais atrativo do mundo, mostrou uma pesquisa nesta quarta-feira (12), com a decisão do Reino Unido de sair
Redação Publicado em 12/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h35
Nova York superou Londres como o centro financeiro mais atrativo do mundo, mostrou uma pesquisa nesta quarta-feira (12), com a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia fazendo bancos migrarem empregos para fora da cidade a fim de preservar o acesso ao mercado único europeu, de acordo com a Reuters.
O Brexit representa o maior desafio para a indústria financeira na cidade de Londres desde a crise financeira de 2007-2009, já que isso pode significar que bancos e seguradoras perderão o acesso à UE, o maior bloco comercial do mundo.
São Paulo aparece em 55º lugar no ranking – uma melhora de 12 posições em relação a seis meses atrás, e dez posições acima do Rio de Janeiro, a única outra cidade brasileira da lista e que no ranking anterior figurava na 88ª posição.
Centros financeiros mais atrativos
POSIÇÃO | CIDADE |
1 | Nova York |
2 | Londres |
3 | Hong Kong |
4 | Cingapura |
5 | Xangai |
6 | Tóquio |
7 | Sydney |
8 | Pequim |
9 | Zurique |
10 | Frankfurt |
55 | São Paulo |
65 | Rio de Janeiro |
Nova York ficou em primeiro lugar, seguida por Londres, Hong Kong e Cingapura, no índice dos centros financeiros globais Z/ Yen, que classifica 100 centros financeiros considerando fatores como infraestrutura e acesso a pessoal de qualidade.
No ranking, Londres mostrou queda de oito pontos em relação a seis meses atrás, o maior declínio entre os principais concorrentes. Os autores da pesquisa disseram que o recuo refletiu a incerteza em torno do Brexit.
Desde que os britânicos votaram há mais de dois anos para deixar a UE, algumas das empresas financeiras mais poderosas do mundo em Londres começaram a transferir funcionários para a UE com o objetivo de preservar o fluxo de comércio transfronteiriço existente depois de 2019.
Cerca de 5 mil postos de trabalho devem ser transferidos ou criados na UE a partir de Londres até março do próximo ano, quando o Reino Unido deixará o bloco europeu, segundo um estudo da Reuters publicado em março. O chefe do distrito financeiro da cidade de Londres previu em julho que 3,5 mil a 12 mil postos de trabalho financeiros seriam perdidos por causa do Brexit.
O ano passado assistiu a uma recuperação no número de bancos dizendo que planejam criar novas subsidiárias na UE após o Brexit. A maioria dos grandes bancos americanos, britânicos e japoneses disse que construiria operações em Frankfurt, Paris ou Dublin.
Outros centros europeus movimentaram-se no ranking mundial. Zurique subiu para o nono lugar do 16º lugar há seis meses. Frankfurt subiu para o 10º lugar do 20º lugar e Amsterdã subiu para o 35º lugar do 50º lugar.
“Londres e Nova York há muito tempo disputam o topo deste índice, e a incerteza em torno da futura forma do Brexit provavelmente será o fator decisivo em sua mais recente mudança de posições”, disse Miles Celic, executivo-chefe do grupo de lobby TheCityUK. “Em um mundo competitivo, não podemos pagar a complacência.”
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