Diário de São Paulo
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Sustentabilidade colorida

Painel solar colorido feito de plantas pode substituir janelas e paredes. - Imagem: Reprodução | Casa e Jardim - Globo
Painel solar colorido feito de plantas pode substituir janelas e paredes. - Imagem: Reprodução | Casa e Jardim - Globo

Leonardo Augusto de Campos Publicado em 25/08/2022, às 08h59


Como discutimos nesta coluna, questões ambientais, sociais, econômicas e de governança são temas frequentes na definição do posicionamento estratégico das organizações. E a inovação é o instrumento usado para o planejamento sair do papel.

Neste contexto, a busca por soluções sustentáveis, que otimizem a utilização de recursos naturais ou que, por exemplo, habilitem o emprego de energias renováveis, passam a ser pauta diária no mundo dos negócios.

Novas tecnologias inserem cores na sustentabilidade. A intensidade do verde nas relações de consumo já foi discutida aqui. Confesso que ainda estou no verde-claro, ou seja, posso reduzir meu consumo, gerar menos resíduos e impactos ambientais. Mas a aquarela não para por aí.

O hidrogênio verde, por exemplo, apresenta-se como uma promessa à redução de carbono. A possibilidade de separar as moléculas de hidrogênio presentes na água por meio de energia elétrica proveniente de fontes renováveis, habilita a utilização desse elemento como fonte de energia. É uma verdadeira evolução, principalmente se compararmos com o hidrogênio cinza produzido a partir de fontes fósseis.

Já o carbono azul – aquele capturado da atmosfera ou do oceano e que é armazenado nos ecossistemas costeiros – tem grande importância no combate ao aquecimento global, além de abrigar uma enorme quantidade de seres vivos e de proteger a costa de deslizamentos.

Menos recente, mas igualmente importante, temos as cores dos resíduos recicláveis. Nunca foi tão importante praticar e ensinar para as crianças o que se coloca nos coletores azul, amarelo, verde, vermelho, cinza e marrom. A coleta seletiva habilita a melhor utilização de recursos naturais e a compostagem de resíduos orgânicos.

É a aquarela da sustentabilidade ambiental e da vida. Vale a pena conhecer e aprender a usá-la para colorir o futuro com esperança.

Sobre o autor:

Leonardo Augusto de Campos é Mestre em Gestão e Tecnologia em Sistemas Produtivos pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETPS). Especialista em Administração Industrial pela Universidade de São Paulo (USP). Engenheiro Mecânico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua há mais de vinte anos como gestor industrial e de qualidade e processos em empresas nacionais e multinacionais de diversos setores. Atuou como professor em cursos de graduação em universidade privada e como professor colaborador do curso de Pós-Graduação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Pesquisa nas áreas de Estratégias Empresariais, Inovações Sustentáveis e de Energias Renováveis.

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