Por Kleber Carrilho
Redação Publicado em 02/04/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h52
Por Kleber Carrilho
As eleições acontecem em 2 de outubro, daqui a exatamente seis meses. Por isso, é hora de fazer algumas anotações do que pode ocorrer até lá. E, também, tentar prever um pouco do que pode ser o resultado das urnas.
Fica claro que há uma tendência, neste momento, de que ocorra uma polarização entre Lula e Bolsonaro nas eleições presidenciais, com uma possível antecipação da decisão para o primeiro turno. Porém, como sempre temos fatos que movimentam bem o cenário antes das eleições (acidente de avião, facada, etc.), quem sabe se isso vai se confirmar?
Por isso, há uma tentativa entre os demais concorrentes, que não têm conseguido se viabilizar agora, de permanecer na corrida, à espera de um grande fato, que pode acontecer e mexer no jogo durante o período da campanha.
Saindo da corrida presidencial, é possível já antecipar que haverá um grande movimento para as eleições para o Congresso. A federação entre Rede Sustentabilidade e PSOL, por exemplo, tende a tirar muitas cadeiras do PT, principalmente em São Paulo, com Marina Silva e Guilherme Boulos como puxadores de votos.
Se houver a confirmação de que Sérgio Moro estará na lista de candidatos a deputado federal pelo União Brasil paulista, também é possível prever que ele será outro campeão de votos, o que pode levar muita gente do novo velho partido para Brasília.
O bolsonarismo, principalmente com PL e PP, também tende a fazer grandes bancadas em todo o Brasil, porém dificilmente vai repetir o sucesso de 2018 com o PSL. Afinal, a onda Bolsonaro já não é mais a mesma.
Por fim, vale olhar para o PT. Embora ainda o partido com maior número de apoiadores no país, aparentemente não terá renovação de candidatos competentes. Com isso, dificilmente será a maior força no Congresso. Mesmo com uma possível eleição de Lula, é provável que a agremiação seja a terceira ou quarta força em número de representantes.
Também haverá, já é possível prever, uma grande mudança no perfil dos governadores. Em vez de outsiders, como os que foram eleitos na onda Bolsonaro de 2018, a tendência é que haja políticos tradicionais na maioria dos Estados.
Porém, tudo isso é o que parece agora. E, claro, como sempre, os movimentos da sociedade podem mudar de acordo com o que está por vir. Economia, pandemia, guerra, tudo isso pode fazer o cenário mudar. Não tem jeito! Para saber o que vai acontecer de verdade, vamos ter que esperar seis meses. Ou, talvez, um pouco mais.
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