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Resenha com o Kascão: A ganância deixou o patriotismo em segundo plano

Por Renato Nalesso

Resenha com o Kascão: A ganância deixou o patriotismo em segundo plano
Resenha com o Kascão: A ganância deixou o patriotismo em segundo plano

Redação Publicado em 11/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h29


Por Renato Nalesso

A ganância deixou o patriotismo em segundo plano

Sou de um tempo em que a Seleção Brasileira era venerada tanto pelo torcedor, quanto por jogadores e jornalistas. Era o xodó da opinião pública! Todo mundo tinha uma camisa verde-amarela em casa e parava o que estava fazendo para assistir um simples amistoso. Em jogos importantes de eliminatórias tinha gente que fazia das tripas coração para conseguir um ingresso. Mas a verdade é que o tempo passou, os interesses comerciais vieram como um furacão e tanta notícia de corrupção por parte da entidade que controla o futebol fez o torcedor perder quase que totalmente o interesse pela nossa Seleção.

Um pouco mais no passado o jogador comemorava uma convocação como um título. A família ficava sentada na frente da televisão esperando o técnico anunciar os nomes. Aquilo era um degrau importante para o cara ser visto e conseguir – quem sabe- um contrato bom em algum clube do exterior. Mas isso não existe mais: pularam essa etapa! Agora jogador quer folga pra curtir a família e os amigos. Churrasco com pagode. Convocação? Só na Copa do Mundo e olhe lá!

Na última semana muita gente vem comentando sobre o ‘caos’ que as convocações para as Eliminatórias da Copa de 2022 estão causando nos principais clubes do País. Na briga por todas as taças, o Flamengo, por exemplo, perdeu quatro jogadores importantes: Gabigol e Everton Ribeiro (Brasil), Isla (Chile) e De Arrascaeta (Uruguai). Pergunta para qualquer torcedor rubro-negro o que ele pensa sobre isso. Soa óbvio: o Mengão é prioridade total! Pior: hoje todo torcedor coloca o clube na frente da Seleção.

Vi muita gente batendo boca pela internet usando o PATRIOTISMO como palavra-chave. Até o Neymar, principal craque brasileiro, vira e mexe se revolta com a opinião das pessoas contra a Seleção. Mas a verdade é que penso dessa forma: a CBF só visa ganhar dinheiro, lucro (independentemente do método de buscá-lo) e nunca se importou com o nosso PATRIOTISMO. Portanto esses caras nunca valeram o nosso esforço, luta e amor pela nação brasileira.

Eu esperava de coração que a nossa Seleção Brasileira fosse administrada por gente honesta e comprometida. Que o técnico convocasse e escalasse um time sem interesses terceiros. Esperava que nosso time verde-amarelo virasse cobiça da boleirada novamente. A partir daí sim vou ser PATRIOTA com nossa Seleção. Enquanto isso segue o jogo. E que essa turma da CBF suporte o desdém do povo. Sem choramingar publicamente, de preferência.

Precisa reformular?

Por mais que o Palmeiras seja um dos primeiros colocados do Brasileirão e finalista com méritos da Libertadores, o desempenho nessa temporada está bem aquém de 2020, quando o Verdão conquistou quase tudo o que podia. Falta brio e qualidade ofensiva para o time. Qualquer torcedor vê isso. Além disso esse portuga Abel está mais perdido que cego em tiroteio e tem uma dificuldade tremenda em realizar mudanças táticas (ao longo das partidas) e fazer substituição de jogadores. Não fosse pelo goleiro Weverton e o zagueiro Gustavo Gomez a equipe nunca chegaria no atual estágio. Mudanças são necessárias e provavelmente a futura presidenta Leila Pereira terá que mexer nesse elenco contratando alguns novos reforços.

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*Renato Nalesso é profissional de mídia desde 1999. Jornalista, pós-graduado e com passagens por Bandeirantes, Globo e Record. Exerceu por três anos a função de assessor de imprensa do Guarani Futebol Clube. Desde 2013 acumula as funções de editor-chefe e diretor do programa ‘Os Donos da Bola’ da Band, apresentado pelo ex-jogador Neto.
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