Diário de São Paulo
Siga-nos
A Bíblia Acerta Mais Uma Vez

Arqueologia descobre muralha sob Jerusalém que comprova relato bíblico sobre a situação da capital de Israel no século IX a.C

Foram encontradas ruinas que corroboram os relatos bíblicos a respeito de Uzias, sobre a veracidade do relato de 2Crônicas 26.9, onde se lê que “Uzias construiu torres fortificadas em Jerusalém, à porta da Esquina, à porta do Vale e no canto do muro”

Muralha sob Jerusalém - Imagem: Reprodução | YouTube
Muralha sob Jerusalém - Imagem: Reprodução | YouTube
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 04/06/2024, às 08h56


Pesquisadores anunciaram uma descoberta que pode comprovar relato da Bíblia questionado por historiadores.

Após uma década de escavações na Cidade de Davi, sítio arqueológico em Jerusalém, foram encontradas ruinas que corroboram os relatos bíblicos a respeito de Uzias, atribuindo a ele a, e não ao rei Ezequias, como pensavam os escavadores até o momento construções milenares.

Até agora, arqueólogos acreditavam que o responsável pela construção de torres e muros de proteção em torno da cidade antiga de Jerusalém, erguidos há cerca de 2.700 anos, era o rei Ezequias, de Judá, seu bisneto.

A nova descoberta, porém, aponta para a veracidade do relato de 2Crônicas 26.9, onde se lê que “Uzias construiu torres fortificadas em Jerusalém, à porta da Esquina, à porta do Vale e no canto do muro”.

Comprovação ocorre pelo uso de radiocarbono

O dr. Joe Uziel, da Autoridade de Antiguidades de Israel, explicou à imprensa que “durante décadas, presumiu-se que este muro foi construído por Ezequias... No entanto, agora ficou evidente que remonta aos dias do rei Uzias, como descrito na Bíblia”.

Além disso, relatos históricos de um terremoto durante o reinado de Uzias estabeleceram um indicador cronológico para os pesquisadores. As recentes descobertas foram possíveis através da utilização de técnicas precisas, dentre as quais se encontram a datação por radiocarbono em uma centena de amostras tiradas de diferentes áreas de escavação na Cidade de Davi. Além disso, fizeram a calibração das datas através de anéis de árvores.

O estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. Assinam a descoberta pesquisadores da Universidade de Tel Aviv e do Instituto Weizmann de Ciência em Rehovot.

O comunicado oficial do professor Yuval Gadot, da Universidade de Tel Aviv, diz: “Pela primeira vez, estamos reunindo ciências exatas, arqueologia e historiografia bíblica”, no entanto, “[...] essas novas descobertas reforçam a visão que Jerusalém cresceu em tamanho e se espalhou em direção ao Monte Sião já no século IX a.C.”, reforça o arqueólogo.

Assim, fica evidenciado que as construções ocorreram cinco gerações antes do que se pensava anteriormente.

Essa descoberta altera a compreensão referente ao que se entendia até então a respeito da expansão de Jerusalém e lança luz sobre outras partes do sítio arqueológico da Cidade de Davi, mostrando que a cidade era maior do que se imaginava durante os períodos dos reinados de Davi e Salomão.

Adicionalmente, acrescentam uma nova página à obra que trata da história da grande cidade de Jerusalém, ressaltando sua alta relevância nos tempos do reino de Judá.

Compartilhe  

últimas notícias