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Covid-19: SP completa 15 dias seguidos de recorde na média de mortes e chega à marca de 67 mil vítimas com 493 óbitos diários

A média móvel de mortes provocadas pela Covid-19 no estado de São Paulo chegou neste sábado (20) à marca de 493 óbitos por dia, batendo recorde de maior valor

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Redação Publicado em 20/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 18h00


Média móvel diária de 493 mortes por Covid-19, registrada no estado de SP neste sábado (20), é 75% maior do que a verificada há 14 dias, o que indica forte tendência de alta. Número de mortes desde o início da pandemia chegou a 67.414 em todo o estado.

A média móvel de mortes provocadas pela Covid-19 no estado de São Paulo chegou neste sábado (20) à marca de 493 óbitos por dia, batendo recorde de maior valor desde o início da epidemia pelo 15º dia seguido. O estado superou a marca de 67 mil vítimas do coronavírus.

O indicador é 75% maior do que o registrado há 14 dias, quando 281 mortes por dia eram confirmadas, em média. Para especialistas, quando o aumento deste indicador é maior do que 15% em duas semanas, já há tendência de alta. Durante o primeiro pico da doença, em 2020, os maiores valores de média móvel de mortes não passavam de 280 por dia.

Como o cálculo da média móvel leva em conta um período maior do que o registro diário, é possível medir de forma mais fidedigna a tendência da pandemia.

Neste sábado, foram contabilizados 616 novos óbitos em 24 horas, elevando o total para 67.414. Este é o quinto dia seguido em que os registros diários de mortes ficam acima de 600.

O estado teve ainda 18.673 novos casos da doença confirmados nas últimas 24 horas. No total, São Paulo chegou a 2.298.061 casos de Covid-19 confirmados desde o início da epidemia.

A média móvel de casos também foi recorde nesta sexta-feira, chegando a 14.704 por dia. Foi a primeira vez que este indicador ultrapassou a marca de 14 mil casos por dia. O valor é 43% maior do que o verificado 14 dias atrás, o que também indica tendência de alta.

Novas restrições

Cilindros com oxigênio vistos na área de carga e descarga da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, neste sábado (20), em meio à pandemia de Covid-19 — Foto: ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Cilindros com oxigênio vistos na área de carga e descarga da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, neste sábado (20), em meio à pandemia de Covid-19 — Foto: ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Para tentar aumentar o isolamento social e assim conter o avanço da Covid-19 na capital, o prefeito Bruno Covas (PSDB) decidiu nesta quinta-feira antecipar feriados municipais. A mesma medida já havia sido adotada em 2020, mas resultou em aumento de apenas 2 pontos percentuais no isolamento social na cidade, em comparação com a semana anterior.

Em coletiva de imprensa na quarta, o governador João Doria (PSDB) anunciou um pacote de medidas econômicas para comerciantes, mas não foram criadas novas restrições de circulação no estado além das que já estão em vigor na fase emergencial.

A fase emergencial foi criada para incluir restrições adicionais à fase vermelha. Nesta primeira, é proibida a retirada de produtos em estabelecimentos comerciais (apenas o delivery é permitido), setores como o de lojas de construção foram fechados e foi instituído um toque de recolher das 20h às 5h da manhã em todo o estado.

Apesar das mudanças, tanto a fase vermelha quanto a fase emergencial tiveram poucos efeitos na redução da circulação de pessoas no estado.

Efeitos da quarentena

Movimento intenso de passageiros em plataforma da CPTM da Estação da Luz, na região central de São Paulo, na tarde desta segunda-feira, 15, primeiro dia da fase emergencial — Foto: André Pera/Pera Photo Press/Estadão Conteúdo

Movimento intenso de passageiros em plataforma da CPTM da Estação da Luz, na região central de São Paulo, na tarde desta segunda-feira, 15, primeiro dia da fase emergencial — Foto: André Pera/Pera Photo Press/Estadão Conteúdo

A adoção da fase emergencial e a fase vermelha da quarentena não resultou em grandes alterações na taxa de isolamento social no estado como um todo.

No dia 6 de março (sábado), todo o estado foi colocado na fase vermelha do Plano São Paulo e registrou isolamento social de 46%. O valor foi 4 pontos percentuais maior do que o registrado no sábado anterior, mas a diferença diminuiu ao longo da semana.

Na semana anterior à fase vermelha (de 27/02 a 5/03), a média do isolamento social foi de 41,2%. Já na primeira semana de fase vermelha, a média foi de 44%, aumento de apenas 2,7 pontos percentuais.

Já nos quatro primeiros dias de fase emergencial (de 15/03 a 18/03), a média de isolamento foi de 42,2%, apenas 1,3 pontos percentuais acima do mesmo período da semana anterior

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Fonte: G1 – Globo.

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