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Vacinas contra a covid-19 agora serão aplicadas na rede privada; saiba quanto vai custar

Comércio das vacinas para clínicas particulares ocorre após queda da Lei 14.125/2021

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Redação Publicado em 31/05/2022, às 00h00 - Atualizado às 19h13


Diversas clínicas da rede privada começaram a receber doses da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19. O anúncio foi feito na segunda-feira (30) pela ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas).

No momento não há definição para data de aplicação da vacina, pois a decisão depende de cada clínica. Mesmo assim, a expectativa da ABCVAC é que as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte recebam todas as remessas.

Embora o imunizante seja o mesmo aplicado pelos postos de saúde e hospitais públicos, as doses são importadas diretamente do fabricante e as embalagens podem ter características distintas.

O preço de venda da vacina chega aos R$ 150 se comprado diretamente da fábrica. O valor foi definido pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). Contudo, cada clínica pode estabelecer seu preço pelo serviço da aplicação, que pode variar por região. Além de custos com logística, armazenamento e seguro. De acordo com a ABCVAC, a estimativa é que o preço que chegará ao consumidor fique entre R$ 300 e R$ 350.

A oferta de vacinas a rede privada acontece só agora em virtude da queda da lei 14.125/2021, que impedia o comércio de vacinas para hospitais particulares.

Em um comunicado, a AstraZeneca apontou que existem cerca de 2 milhões de doses que estão à disposição dos pacientes da rede privada. Desse total, pelo menos 1 milhão foram encomendados pelas clínicas e já chegaram aos seus destinos. O restante deve ser distribuído nos próximos meses.

Até o momento, apenas os imunizantes da AstraZeneca estão disponíveis na rede privada. Como se trata da 3º dose da vacina, todos os pacientes acima de 18 anos podem tomá-la, desde que tenha recebido a 2º dose em um período de quatro meses.

Por outro lado, a busca pelo imunizante não deve ser espontânea, pois cada paciente precisa entrar em contato com uma clínica e agendar a aplicação da dose conforme a disponibilidade. Antes de tudo, os médicos e enfermeiros devem checar quais vacinas o paciente tomou e se a sua carteira de vacinação está em dia.

Ainda não há informações sobre quais clínicas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte estão aplicando a vacina e sobre as datas de operação, porque cada instituição estabelece seus critérios. Também não se sabe quando outras fabricantes vão disponibilizar suas doses para o setor privado.

Com as novas negociações a ABCVAC acredita que o acesso às vacinas contra covid-19 será amplificado, contribuindo então para o controle mais efetivo da doença no futuro.

“Esperamos que com o passar do tempo e o controle total da pandemia, a vacina de covid venha a se tornar uma vacina de rotina, como a de gripe, por exemplo. Acreditamos que em algum momento haverá um estreitamento da faixa etária e grupos vacinados pelo PNI, e assim as clínicas atuarão como complemento e para aqueles não elegíveis, como já acontece na vacina de gripe”, declarou a associação em nota.

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