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Servidores do Ministério da Agricultura são alvos de operação da PF

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (19) uma operação que investiga o recebimento ilícito de valores por parte de servidores públicos

Servidores do Ministério da Agricultura são alvos de operação da PF
Servidores do Ministério da Agricultura são alvos de operação da PF

Redação Publicado em 20/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h57


Suspeita é que fiscais receberam propina para certificação sanitária

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (19) uma operação que investiga o recebimento ilícito de valores por parte de servidores públicos federais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para não fiscalizarem o processamento de produtos de origem animal. Cerca de 12 policiais federais cumpriram mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pela 11ª Vara Federal Criminal, nas cidades de Goiânia e Palmeiras de Goiás (GO).Servidores do Ministério da Agricultura são alvos de operação da PFServidores do Ministério da Agricultura são alvos de operação da PF

Segundo a PF, a investigação teve início em julho de 2018, por meio de denúncia encaminhada ao ministério sobre uma suposta atividade criminosa envolvendo servidores públicos agropecuários e um frigorífico da cidade de Palmeiras de Goiás. Também foi apurado que auditores fiscais da pasta emitiam certificados sanitários com data retroativa, sugerindo a falta de fiscalização “in loco” dos produtos de origem animal comercializados. Por causa disso, a operação de hoje foi batizada de Operação A Posteriori.

Ainda de acordo com os investigadores, levantamentos apontaram para uma evolução patrimonial incompatível com os rendimentos de um servidor público envolvido no caso, com a possível simulação de resultados a justificar os acréscimos da variação patrimonial.

“Constatou-se depósitos mensais suspeitos, que variavam de 5 mil a 10 mil reais entre os anos de 2018 a 2019. Tais valores representaram quase 50% da remuneração do cargo de Auditor Agropecuário do Mapa para o período”, informou a PF, em nota. Ao fim das investigações, os suspeitos podem responder por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, crimes que somam mais de 10 anos de prisão.

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Agência Brasil

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