Uma gravação das agressões sofridas por João Alberto Silveira Freitas, morto na última quinta-feira (19), no estacionamento do Carrefour, em Porto Alegre,
Redação Publicado em 22/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 20h10
Uma gravação das agressões sofridas por João Alberto Silveira Freitas, morto na última quinta-feira (19), no estacionamento do Carrefour, em Porto Alegre, mostra um homem, que vestia roupas semelhantes a dos seguranças que espancaram o cidadão negro, dizendo a frase: “Sem cena, tá? A gente te avisou da outra vez”.
João Beto morreu no local, na noite da véspera do Dia da Consciência Negra, aos 40 anos.
O vídeo foi obtido pelo site GaúchaZH. Dois seguranças, Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva, foram presos em flagrante, e tiveram a preventiva decretada posteriormente.
O homem que fala a frase aparece se dirigindo a João, enquanto Magno e Giovane imobilizam a vítima. O nome dele ainda não é conhecido.
O vídeo mostra ainda que ao menos sete pessoas assistem à cena. A polícia investiga se outras pessoas, além dos seguranças, têm responsabilidade, por assistirem “passivamente”.
Segundo a Polícia, os seguranças ficaram por cerca de cinco minutos pressionando Beto no chão. A causa provável da morte é asfixia, conforme laudo preliminar do Instituto Geral de Perícias.
A Polícia investiga o crime, que até então é classificado de homicídio triplamente qualificado. A delegada do caso, Roberta Bertoldo, disse que “jamais se justificaria qualquer tipo de desentendimento, seja ele qual for, para que levasse a efeito tamanha violência como a que ocorreu durante está ação, desses seguranças, nesse supermercado”.
Imagens do interior do supermercado mostram que João Beto se dirigiu a uma funcionária, e logo após foi encaminhado, pelos dois seguranças, ao estacionamento. Ao chegar no local, desferiu um soco contra um deles, Giovane. Logo após, iniciaram as agressões.
A defesa de Magno disse que vai esperar a conclusão de laudos para se manifestar. A de Giovane ressalta que o cliente foi agredido, e que reconhece ver se “excedido” na ocasião.
Em depoimento, uma funcionária que estava na loja quando João e a esposa, Milena Borges, faziam compras, afirmou que, na semana anterior ao crime, ficou sabendo que João esteve no local e “importunou outros clientes”. Na versão da mulher, foi pedido que ele se retirasse.
O assassinato de João Alberto gerou manifestações em todo o Brasil contra o assassinato e contra o racismo no país. Autoridades, acadêmicos, entidades sociais e personalidades deram diversas declarações de repúdio ao assassinato.
O presidente Jair Bolsonaro disse que tensões raciais são importadas e “alheias” à história do país. O vice-presidente Hamilton Mourão lamentou a morte, mas afirmou que não há racismo no Brasil.
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G1
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