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26ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ em São Paulo tem tom político e show de Pabllo Vittar

Imagem 26ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ em São Paulo tem tom político e show de Pabllo Vittar

Redação Publicado em 20/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h08


26ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ aconteceu neste domingo (19) na cidade de São Paulo. Após dois anos de celebração online, devido às fases mais severas da pandemia, os trios elétricos voltaram a realizar o tradicional trajeto da Avenida Paulista até a Praça Roosevelt, no Centro da capital.

Uma das atrações do evento deste ano, a cantora Pabllo se apresentou por volta das 15h30 e levou seus sucessos ao público.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Comunicação, informou que a secretária municipal da Cultura Aline Torres representou o prefeito Ricardo Nunes. No sábado (18), Nunes participou do primeiro encontro da Rede de Orgulho, e destacou a importância do evento na cidade.

Participaram também do evento as secretárias municipais de Direitos Humanos e Cidadania, Soninha Francine, de Relações Internacionais, Marta Suplicy, e da Pessoa com Deficiência, Silvia Grecco.

Pessoas em cima de ponto de ônibus da Rua Consolação durante a Parada LGBT+ — Foto: Celso Tavares/g1

Pessoas em cima de ponto de ônibus da Rua Consolação durante a Parada LGBT+ — Foto: Celso Tavares/g1

Os trios da parada passavam por pontos de ônibus lotados. Em determinado momento do desfile, parte dos manifestantes subiu em um dos pontos localizado na Avenida Paulista.

O desfile começou por volta de 12h com discurso de representantes da comunidade LGBTQIA+, além de políticas, caso da covereadora Carol Iara (PSOL) e da secretária de Direitos Humanos da capital, Soninha Francine (Cidadania).

Público na 26ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ em São Paulo — Foto: Celso Tavares/g1

Público na 26ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ em São Paulo — Foto: Celso Tavares/g1

“As travestis não são bagunça. Precisamos, sim, estar nos lugares de decisão desse país. Câmara, Senado. Aqui é mais amor e menos ódio”, disse Iara. Soninha Francine salientou o crescimento do evento. “Na primeira parada eram 2 mil pessoas fortes e valentes. Hoje somos mais de 3 milhões. Vai ter festa, sim!”

Por volta de 10h, o público já se concentrava no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e os balões coloridos já começavam a ser enchidos. Neste horário, a avenida já começou a ganhar as cores LGBT+ com bandeiras e faixas. Cada bandeira custava R$ 30.

A pedagoga e maestrina Leonidas Ferraz, 36, veio de Minas para a Parada LGBT+ — Foto: Celso Tavares/g1

A pedagoga e maestrina Leonidas Ferraz, 36, veio de Minas para a Parada LGBT+ — Foto: Celso Tavares/g1

O tom político não ficou apenas no tema escolhido pelos organizadores. O público entoou em momentos da concentração gritos de “Fora, Bolsonaro”. Os discursos traziam mensagem similares, com críticas ao presidente da República.

As manifestações do público vinham com cartazes, como um com os dizeres “Impeachment, já! Bolsonaro na cadeia” e bandeiras com as cores do movimento e a frase “Fora, Bolsonaro”.

Fernando Braga, gerente de vendas — Foto: Arthur Stabile/g1

Fernando Braga, gerente de vendas — Foto: Arthur Stabile/g1

Outros manifestantes vestiram vermelho, fotos e tolhas do ex-presidente Lula e declarações de apoio ao petista.

Um dos manifestantes com a bandeira do arco-íris, Fernando Braga, de 34 anos, lamentou a relação do governo Bolsonaro com a comunidade.

“Resolvi vir este ano pelo tema Voto Consciente, votar é muito importante. O governo federal tem atacado muito a população LGBTQIA+, discursos muito agressivos. O Brasil precisa melhorar com a gente, a relação é péssima, não somos respeitados”, disse.

G1
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