O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Carlão Pignatari (PSDB), considerou inadmissível as ofensas sofridas pela deputada Mônica
Redação Publicado em 23/05/2022, às 00h00 - Atualizado às 10h43
O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Carlão Pignatari (PSDB), considerou inadmissível as ofensas sofridas pela deputada Mônica Seixas (PSOL) por dois outros parlamentares e disse esperar que o Conselho de Ética tome “medidas muito rígidas”.
“É inadmissível. Eu espero que o Conselho de Ética tome uma medida muito rígida aos dois parlamentares, para que a gente possa continuar fazendo com que essa Assembleia, o maior parlamento da América Latina, continue a defender a população, que é o que nós temos que fazer”, afirmou em entrevista à GloboNews.
Em uma sessão na última quarta-feira (18), o deputado Wellington Moura (Republicanos) disse para Mônica que iria colocar um “cabresto em sua boca”. O equipamento costuma ser usado na boca de cavalos.
“Vou colocar um cabresto na sua boca”, disse Moura. Ela retrucou :”Você não vai calar minha boca”, e ele respondeu :”Vou sim”.
A deputada entrou acionou o Conselho de Ética da Alesp pedindo a perda de mandato de Moura.
“Houve ofensa à dignidade e decoro da Deputada Monica Seixas em sua forma mais vil e cruel que é utilizando uma ferramenta que pessoas negras escravizadas eram submetidas para que se calassem e servissem ao escravocrata”, diz o pedido.
A deputada também pediu a cassação de Gilmaci Santos (Republicanos), que no dia anterior, terça-feira (17), a chamou de “louca” (entenda abaixo a cronologia das discussões).
Além disso, na tribuna da Assembleia, ela denunciou falas transfóbicas de um terceiro parlamentar, Douglas Garcia (Republicanos).
Em nota, o deputado que usou a expressão cabresto, tentou se justificar pelo uso do termo. “Quando me referi a deputada Mônica Seixas, me utilizei da palavra cabresto no contexto de dizer: algo que controla, contendo então as palavras dela na qual se utilizava para se manifestar ao deputado Douglas Garcia em um momento em que ela não poderia se manifestar (por questões regimentais)”.
Gilmaci confirmou que a chamou de “louca”, mas negou a agressão.
“Nós estávamos no Plenário em um debate acalorado, e no meio da discussão eu realmente disse ‘você é louca’, mas no contexto ali da situação. Porém, em momento algum encostei na deputada Mônica Seixas, a agredi. Isso é uma inverdade! Vamos acionar a Justiça com uma representação civil e criminal contra ela, por injúria, difamação e mentira. Nós temos imagens do ocorrido, e no momento oportuno vamos apresentá-las.”
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