A mulher de 31 anos internada em Americana (SP) com suspeita da "doença da urina preta", ou Síndrome de Haff, não tem histórico de viagens para locais que são
Redação Publicado em 23/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h52
A mulher de 31 anos internada em Americana (SP) com suspeita da “doença da urina preta”, ou Síndrome de Haff, não tem histórico de viagens para locais que são focos desta enfermidade no Brasil. A informação foi confirmada pela prefeitura nesta quinta-feira (23). A doença tem provocado surto no Norte e há casos no Nordeste.
O caso está sendo acompanhado pela Vigilância Epidemiológica da cidade e ainda não há uma previsão para a conclusão do diagnóstico, segundo a administração municipal. Se for confirmado, será um caso local. Não há outras pessoas com o sintoma da urina escura sendo investigadas para esta síndrome.
O g1 procurou a Secretaria de Saúde do estado de São Paulo, que informou não ter registros desta doença nos 645 municípios este ano. Se o diagnóstico da mulher, moradora de Americana, for positivo, ele será o primeiro em SP. A pasta também não tem registro de casos investigados, mas ressaltou que a apuração cabe às prefeituras e só deve ser repassada ao estado se o diagnóstico se confirmar.
A jovem está internada no Hospital da Unimed, localizado na cidade. A instituição informou ao g1 que o quadro de saúde dela é estável.
O Ministério da Saúde aponta que a hidratação é “fundamental nas horas seguintes ao aparecimento dos sintomas, uma vez que assim é possível diminuir a concentração da toxina no sangue, o que favorece sua eliminação através da urina”. Em casos mais graves, pode ser preciso fazer hemodiálise.
Na maioria das vezes, o quadro costuma evoluir bem, mas há risco de morte, especialmente em pessoas com comorbidades. O indicado é procurar ajuda logo após o aparecimento dos primeiros sintomas para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível.
Não há nada específico que possa ser feito para evitar a enfermidade. Não existem formas de identificar a toxina: ela não tem cheiro, gosto ou cor e não desaparece após o cozimento da carne. A indicação é reduzir o consumo de peixes ou comprá-los em locais onde se conhece o processo de transporte e guarda.
De acordo com um artigo escrito em 2013 por especialistas do Hospital São Lucas Copacabana, no Rio de Janeiro, o nome da moléstia tem a ver com a sua origem.
Os primeiros relatos sobre ela são de 1924 e vêm da região litorânea Könisberg Haff, que fica próxima do Mar Báltico. Atualmente, esse local integra a cidade de Kaliningrado, que pertence à Rússia e faz fronteira com Lituânia e Polônia. À época, os médicos que trabalhavam no local descreveram um quadro de início súbito, com “rigidez muscular, frequentemente acompanhada de urina escura”.
Após a publicação dos primeiros relatos, foram registrados novos casos no local durante os nove anos seguintes. Eles ocorriam principalmente entre o verão e o outono e tinham um fator em comum: o consumo de pescados.
“Devido à ausência de febre e pelo rápido início dos sintomas após a ingestão de peixe cozido, acredita-se que a doença de Haff seja causada por uma toxina”, escrevem os autores brasileiros.
De lá para cá, novos surtos foram registrados em outros países, como a antiga União Soviética, a Suécia, os Estados Unidos e a China.
No Brasil, os primeiros casos foram identificados em 2008 e 2009. O momento de maior gravidade aconteceu em 2017, quando a Bahia contabilizou 71 pacientes com a doença, 66 deles na capital Salvador.
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G1
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