Além do jovem de 17 anos, um amigo da vítima também foi infectado e está em estado grave
Vitória Tedeschi Publicado em 24/08/2022, às 17h31
No último sábado (20), um adolescente de 17 anos morreu vítima de complicações provocadas pelo fungo Paracoccidioidomicose (PCM), conhecido popularmente como "Doença do Tatu",em Simões, cidade localizada a 440 km ao Sul de Teresina.
A Secretária de Saúde de Simões, Isamária Carvalho, disse ao Cidadeverde.com que a vítima e mais duas pessoas que estão internadas tiveram contato com tocas de tatu há pelo menos um mês durante uma caçada, e que logo em seguida os sintomas da doença começaram a aparecer.
Dentre os infectados, um irmão e um amigo que estavam com a vítima, um deles está internado em estado grave no Hospital Justino Luz, em Picos.
“Tem mais de um mês que eles fizeram uma caçada, me parece que em torno de 4 pessoas, e depois começaram a apresentar os sintomas. Foram ao médico e mandaram para Picos que confirmou a contaminação.Eles inalaram o fungo do Tatu. Esse fungo fica na terra, nas tocas desses animais”, afirmou a Ismária.
Esta é a segunda morte registrada em Simões por conta da doença. A Secretaria de Saúdeemitiu uma nota alertando a população para que evite caçar e consumir tatus.
“São medidas educativas. Estamos orientando a não fazer a caça, além de ser ilegal, causa risco à saúde. As pessoas devem evitar essa prática. Essa doença pode levar a morte como já levou”, alerta a secretária.
Um fungo encontrado no solo, identificado como Paracoccidioidomicose (PCM), pode provocar uma doença em humanos, que em sua forma grave leva a morte.
No Piauí,como o fungo é encontrado nas tocas dos tatus, a doença ficou conhecida como “doença do tatu”.
Ao caçar ilegalmente o animal, o homem entra em contato com o solo contaminado pelo fungo, que pode causar os seguintes sintomas:lesões na pele, tosse, febre, falta de ar, comprometimento pulmonar, além de linfonodomegalia (ínguas ou landras, inchaço dos gânglios linfáticos) e emagrecimento.
A doença não é transmitida por animais ao homem, nem é transmitida de uma pessoa para outra. A transmissão é sempre pela inalação dos esporos que estão no solo contaminado (poeira que sai do buraco)”, informou a secretária municipal de Saúde de Simões, Isamaria Dantas.
Além disso, de acordo com o site do Ministério da Saúde,a paracoccidioidomicose (PCM) é a principal micose sistêmica no Brasil.
Essa doença representa uma das 10 principais causas de morte por doenças infecciosas e parasitárias, crônicas e recorrentes no país.
Vale ainda citar que além do contato com as tocas dos tatus, os fungos estão dispersos no meio ambiente e a exposição está relacionada também com o manejo do solo contaminado, em atividades agrícolas,por exemplo.
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