O jejum intermitente virou uma dieta superfamosa e da moda, após celebridades se declararem adeptas
Ana Rodrigues Publicado em 09/04/2024, às 10h40
O jejum intermitente virou uma dieta super famosa e da moda, após as estrelas como Deborah Secco, Juliana Paes, Jennifer Aniston, Gwyneth Paltrow, Salma Hayek e Dua Lipa se declararam adeptas ao método.
De acordo com o Metrópoles, a estratégia de emagrecimento alterna períodos de jejum com janelas de alimentação irrestrita e tem o inegável apelo de concentrar o "sacrifício" em alguns dias ou horários.
Além de promover a redução do peso com foco na queima de gordura - estudos apontaram que é possível perder entre 5% e 8% do peso em um período de 12 e 24 semanas -, a dieta demonstrou que é capaz de melhorar marcadores de saúde, como a pressão arterial e os níveis de colesterol.
As três principais maneiras de fazer o jejum intermitente são:
Uma das pesquisas mais importantes que comparou o jejum intermitente com as dietas de restrição calórica foi publicada na revista Jama Internal Medicine em 2017. Esse estudo consistiu em um ensaio clínico randomizado que acompanhou 100 indivíduos obesos durante um ano: uma parte dos voluntários realizou o jejum intermitente, e a outra foi submetida a uma dieta tradicional sem restrição calórica.
Os pesquisadores não encontraram diferenças significativas na perda de peso, na recuperação de peso após a dieta ou na composição corporal dos participantes. E, não teve diferenças significativas em outros indicadores de saúde, como pressão arterial, frequência cardíaca, glicemia de jejum e insulina em jejum.
Sendo assim, o jejum intermitente não apresentou vantagens siginificativas em relação aos protocolos de restrição calórica.
Numerosos estudos demonstraram que a redução de peso com dietas de jejum intermitente não é maior do que a perda de peso com uma dieta padrão com restrição calórica", afirmou a pesquisadora McKale Montgomery, em um texto publicado no site The Conversation.
Segundo o especialista, a perda de peso gerada pelo jejum intermitente não acontece por causa de uma "mágica metabólica", mas devido à redução do consumo geral de calorias. É difícil que a ingestão de comida nos dias livres recupere a quantidade de calorias economizada nos períodos de jejum.
O endocrinologista Durval Ribas Filho, simplificou a questão. De acordo com ele, a melhor dieta é aquela que as pessoas estão dispostas a seguir. O profissional pontuou ainda que seis meses de adesão já é um tempo grande quando se está seguindo uma estratégia de emagrecimento.
O jejum intermitente está na moda e não é uma dieta ruim. Ao contrário, é uma dieta com resultados comprovados, que vão além da perda de peso. Mas decidir qual é a melhor dieta não é científico, é algo absolutamente pessoal, que depende da história, do objetivo e do estilo de vida do paciente", apontou.
O jejum intermitente não é indicado para indivíduos que necessitam de alimentação em intervalos regulares devido a alterações metabólicas, como no caso do diabetes.
O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia lembrou que o jejum intermitente não deverá ser seguido por indivíduos que tenham:
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